João Craveiro
João Craveiro enviou-me a seguinte mensagem/comentário:Para começar, agradeço a referência ao meu artigo -- e já reparei que também fui referido noutro contexto/post. ;)
Já agora, no âmbito desse artigo, indico-lhe um link para uma (que pretendo/pretendia que fosse a 1ª de algumas) experiência (que fiz por altura do artigo) de conversão de páginas da AP para boas práticas de webdesign.
Depois, dado que os comentários estão desactivados (pelas razões que já li, e que na verdade são um dos caveats em utilizar uma plataforma gratuita e/ou de "mexibilidade" limitada):
«Para o João não é muito importante a validação automática, para mim ela só é importante como avaliação inicial da qualidade da página, pode haver algumas razões para que uma página não valide, mas é importante, na minha opinião, perceber se são ou não importantes as razões para a não validação.»
Eu não lhe dou uma importância suprema, porque acho (aliás, tenho a certeza) que não existe uma dependência funcional, em qualquer um dos sentidos, entre "aprovação na validação automática" e "bom webdesign - markup acessível, compatível e semântica". É possível fazer um site "matrioska de tabelas" que valide na perfeição em XHTML 1.1 , da mesma maneira que um site que não valide na sua totalidade pode ser um exemplo a seguir nos parâmetros de bom webdesign que referi.
«O atributo de língua
<html xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml" xml:lang="en" lang="en">
Deve querer dizer que a língua em que o documento está feito é o inglês (não é o que se verifica felizmente)»Há piores: os que mudam o doctype de «
//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//EN
» para «//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//PT
». ;)Para terminar, em resposta a 2 dos parágrafos de um comentário que fez a um artigo mais recente sobre o assunto:
«Já agora se reparar bem nem os sites das nossas universidades cumprem adequadamente os requisitos médios de acessibilidade, isto para não falar também do desgosto que me provoca olhar para alguns deles como por exemplo o da Universidade de Lisboa (Clássica).»
Eu sei, estudo numa faculdade da Clássica. ;) Até agora, não contando com o site da própria UL, o cúmulo de "querer benzer-se e partir a cabeça" em todos os aspectos (i.e., não se ganhou propriamente muito em 'user experience' por se utilizar uma tecnologia avançada, mas pouco amiga da acessibilidade) é o site de uma cadeira em que cada opção do menu é uma applet Java (só para fazer um efeito rollover).
«Acho que os responsáveis não percebem para que serve ter um site acessível, acessível a cegos, ambliopes, pessoas com dificuldades motoras, pessoas com dificuldades de aprendizagem.»
Este parágrafo dum artigo meu , em inglês, é uma metáfora+hipérbole daquela que acho uma maneira realmente efectiva de "seduzir" (pelo menos o sector privado) ao uso dos webstandards e cumprimento de requisitos de acessibilidade:
«"I don’t care about blind people, are there any real benefits?"
Well, I could answer that by making yet another paragraph advocating the benefits of using semantic markup and separating content from presentation, yada yada, but I won’t. I’ll just cut straight and enlighten the selfish you, who doesn’t care about disabled people, or thinks that blind people don’t need to read you because you write about camcorders and digital still cameras, that search-engine robots are also blind users. Google doesn’t have pigeons looking at every site, to visually distinguish titles (big letters) from text (normal size letters), nor do they perfom OCR on a screnshot of your homepage for that matter. They look at your site’s markup, and build the hierarchical strcture of it based on the headings present and each one’s level. Google, visits, people, fame [we can add "money" to this list, works like a charm ;) ]. Does THAT appeal to you?»
Nota: Os realces são da minha responsabilidade
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