Web,ruby, Ajax ou qualquer outra coisa que me venha a cabeça (com prioridade para esta última)

23 novembro, 2017

Gosto mesmo de jornais, mas sou mesmo tendencioso

Nos últimos anos tenho tido muitas desilusões com quase todos os jornais ditos de referência, Expresso, Diário de Notícias, Público, Diário Económico, etc, etc. As reduções ou eliminações de «copydesks» faz-se sentir em demasiados textos, a nova ortografia também.

Por vezes nota-se a intervenção de correctores ortográficos que «corrigem» para palavras ortograficamente semelhantes mas com significado completamente diferente do que pretenderia o respectivo autor.

No entanto bastam poucos artigos ou crónicas para me reconciliar com os tais jornais. Por exemplo o artigo (peço desculpa por não ligar directamento ao Público) sobre a investigadora Maribel Miranda, ou a pré-publicação de um livro de um docente do técnico.

Admito que aquilo que mais gosto dos jornais é a crónica e a entrevista, não propriamente a notícia. Lembro-me de algumas crónicas do MEC quer no Expresso quer no Público que eram verdadeiras delícias, algumas sobre comida, outras sobre ortografia. Mas este está longe de ser o único cronista ou mesmo aquele de que mais gosto.

Realmente não tenho muita paciência para jornais do crime ou ditos desportivos.

09 janeiro, 2017

De Soares

Ontem ouvi a alguém que o Soares era mesmo culpado pela forma com Portugal descolonisou. Ouvi dizer que os retornados das ex-colónias o achavam responsável senão mesmo culpado.

Parece-me que se esquecem que responsáveis pela má descolonização foram todos os decisores políticos anteriores, mesmo muito anteriores, que não perceberam os ventos da história após a Segunda Guerra, que ao longo de uma guerra contra o terrorismo/de libertação em relação a Portugal não se preocuparam em criar condições para uma independência menos sofrida (sê-lo-ia sempre).

Quando chegou a vez dele, já não tinha armas por trás das palavras, só havia mesmo a entrega para despachar o assunto.

Realmente sou dos ditos retornados (saí de Angola com 12 anos, cheguei a Portugal com 13) que não está naquele primeiro grupo.