Web,ruby, Ajax ou qualquer outra coisa que me venha a cabeça (com prioridade para esta última)

24 junho, 2008

Ciência, Tecnologia e Divulgação

Ontém o meu colega bloguer Renan estava muito aborrecido, melhor dizendo indignado, pela falta de qualidade de um artigo sobre ciência da revista brasileira Veja: 40 perguntas sobre o universo. O problema é que o problema por ele apontado, infelizmente, é demasiado frequente.

No Cosmic Variance encontrei a versão americana do problema apontado pelo Renan:

Numa análise recente (este artigo está coberto por uma licença Creative Commons) efectuada por Gary Schwitzer, um jornalista reformado, este, diz que em 500 artigos sobre saúde, na imprensa generalista nos EUA, foram encontrados por si os seguintes factos:

Só 35% das histórias foram consideradas satisfatórias quanto à pesquisa efectuada pelo jornalista sobre metodologia e qualidade das provas dos estudos que apresentavam, pois, «como se já poderá ter notado a ciência nas notícias é apresentada como afirmações absolutas verdadeiras ditas por figuras com autoridade e não descrições claras de estudos e de razões pelas quais as pessoas tiram determinadas conclusões a partir desses estudos.»

Só 28% cobriam de forma adequada as vantagens e 33% as desvantagens. Normalmente não apresentavam informação quantitativa útil, em termos absolutos, preferindo a afirmações mais chamativas como por exemplo «50% mais elevada».

Tenho que admitir que a impressão deixada no Renan, quanto ao trabalho do/a jornalista com um painel tão grande de especialistas, é semelhante à minha. Tendo ouvido tanta gente consegue em pouco tempo escrever tanta estupidez e pelos vistos ninguém se deu ao trabalho de efectuar uma revisão. Esta tentativa de divulgação científica é semelhante à que um jornalista da Sic faz quando cobre assuntos relativos às novas tecnologias.

Será que falar de ciências e de novas tecnologias em termos simples é tão complicado que jornalistas médios não o conseguem fazer sem abastardarem os temas, ou será que sofrem do efeito google como Carr diz que nos está a suceder a todos (tudo pela rama até esta diatribe).

A situação é muito bem expressa por Cectic.

22 junho, 2008

Porreiro pá

Não não estou a falar de quem pensam mas deste anúncio da Honda:

Bastaram 609 planos, três meses e custou uns meros 3.000.000 USD para ser feito. Não usa imagens computadorizadas nem truques, nem manipulação, nem gráficos melhorados. É tudo reazl e espanta. Se não tiver visto isto já há algum tempo, veja (novamente) esta reacção mecânica em cadeia de uma beleza precisa onde um acontecimento leva a outro. Dada a posição, momento e interacção dos objectos os resultados são previsíveis, mas o tempo e o custo envolvido na sua feitura levam a pensar que quem o concebeu teve que fazer muitas tentativas para obter o resultado pretendido.

É ou não muito melhor deixar que se mantenha vídeos como este no youtube em vez de os andar a mandar abaixo.

21 junho, 2008

Good - Magazine

A Revista da semana por aqui é a goodmagazine. Tem uns quantos artigos sobre sociedades quase secretas. Um artigo curioso (e curto) sobre reutilização de explosivos de munições que deixaram de estar ao serviço para fazer explodir minas de uma forma mais barata. Um artigo sobre um novo edifício concebido por Renzo Piano que parece não seguir os cânones da arquitectura sustentável institucional.

Tony Wilson

A experiência de Tony Wilson é uma conversa de 24 horas, em directo, proporcionada pela cidade de Manchester em homenagem ao empresário que lançou os grupos Joy Division, New Order e Happy Mondays.

2008-06-22: Ontem por causa disto esqueci-me de assinalar os 60 anos do "Baby".

Howlin' Wolf

Um pouco de blues:

Howlin'Wolf

17 junho, 2008

Comedy Central

Wordle

Este foi para não nos esquecermos de actualizar o nosso navegador preferido.

O que se segue é quase história as etiquetas que mais frequentemente tenho lido ou usado:

15 junho, 2008

Mario, sim o canalizador

Se o Mario tivesse sido concebido por Michel Gondry então teria o aspecto abaixo:

14 junho, 2008

Cifra

Aqui há uns dias alguém perguntou se poderia a partir de um extracto de algo cifrado se podia determinar qual a cifra usada. Não, não faço a mínima ideia. Mas para quem queira cifrar um pequeno texto ou um documento usando vários algoritmos o Hash'em será um bom ponto de partida.

50 anos de espaço

Hoje o sítio que me está proíbido é o do discovery, devido ao arranque do «When We Left Earth». Cheio de informação para me fazer passar por uma criancinha numa loja de doces. Para quem goste de ler um artigo de jornal pode dar um pulo ao New York Times 50 anos de vídeos domésticos da NASA, tem ainda um pequeno vídeo da série. Para quem queira um pouco de pornografia do espaço dêm uma vista de olhos ao Boston Globe na sua página dedicada ao tema: O Céu Visto Lá de Cima (ps aqui podem parar e ir ver a página remissiva da grande imagem).

13 junho, 2008

Fly Your Thesis!

A Esa no programa «Fly Your Thesis!» pede que cada equipa de estudantes conceba uma experiência a ser efectuada em microgravidade, como parte de teses de mestrado ou doutoramento ou integradas num programa de investigação. As equipas devem registar-se no Portal de Educação da ESA e enviar um esboço de proposta usando um modelo de Carta de Intenções até 31 de Agosto de 2008. A experiência, caso seja aceite poderá decorrer no outono de 2009.

Via: IO9

Garfield

Garkov [sim sim deve fazer reload] (Garfield + Markov) encontrei uma série de sítios com coisas à volta do Garfield.

  • O garfield sem garfield, o qual publica uma tira diária a de hoje é uma crueldade para quem acredite no Santo António.
  • Lasagna Cat é uma máquina do tempo que evocando tiras de 1978 para cá apresenta um pequeno vídeo.
  • As variações de Garfield é um dos sítios mais pobrezinhos com uma simples lista de seleção e um quadro com a respectiva imagem. Mas funciona.
  • Barfield é uma paródia ao Garfield e destina-se de acordo com o próprio sítio a maiores de 18, embora não tenha visto nada de especial a não ser umas porcarias.
  • O Segunda-feira permanente é um blogue de crítica garfieldiana.
  • O Arbuckle é um local onde se apresentam tiras alternativas às originais feitas por uma série de pessoas algumas de qualidade muito fraca.
  • DougShaw é um daqueles tipos que recebe um pedido a solicitar para retirar conteúdo que infrinja os direitos autorais e parece-me que não percebeu que isto é uma chica espertice (nada a haver com o Chico Esperto). Julgo que tenha a haver com o gerador 2.
  • Este é muito generalista o «The Ephemerist».
  • Isto é um forum com tiras alternativas.
  • E isto tudo para terminar por dizer que o Diesel Sweeties tem à disposição 10 e-books com as suas tiras com uma licença CC.

Vanity Fair: Como Se Ganhou a Web

Num artigo comemorativo dos 50 anos da Internet a Vanity Fair produziu um artigo com pequenas biografias e ideias de importantes actores no nascimento da Web incluindo Paul Baran [transcrição de entrevista em PDF], Leonard Kleinrock [uma página muito neutra] uma das pessoas que desenvolveu a matemática das redes de dados e Robert Taylor e muita outra gente ao longo de um período de quase 50 anos.

O que tem piada é escutar algumas destas vozes, desde o Sputnik até ao Facebook.

A Vanity Fair tem ainda uma outra razão para ser visitada por bloguers: esta.

Na mesma meada a PBS desenvolveu um programa designado por Nerds 2.0.1.

A Wired publicou um artigo sobre a Ether.

11 junho, 2008

Coldplay

Quem deseje ouvir o novo album dos coldplay, Viva La Vida, pode dar um salto ao MySpace.

09 junho, 2008

Guernica 3D

Guernica é um quadro de Picasso particularmente perturbador. Nesta interpretação 3D de Lena Gieseke em 3D, acompanhada de Nana de Manuel de Falla ganha mais horror.

Boas Notícias

As notícias do google news num mundo anti-paralelo.

Notas

Baseie as suas decisões profissionais em saber:

  • Se não souber, pergunte a alguém que saiba (ou procure fontes fidedignas)
  • Se não encontrar uma resposta, ENTÃO use a sua intuição. Pois é muito mais importante fazer algo e eventualmente falhar do que nada fazer.
Via: Baekdal: Saber o que fazer

08 junho, 2008

História da Computação

A máquina que mudou o mundo

Detail of the back of a section of ENIAC, showing vacuum tubesImage via Wikipedia

Este vídeo contém diversos anúncios (mas são perfeitamente aceitáveis não são muitos nem ocupam demasiado tempo. O vídeo tem 55 minutos e está devidamente anotado.

A primeira parte começa com uma breve introdução da série, resumindo o impacto dos computadores em muitos aspectos das nossas vidas atribuíndo-o à sua natureza versátil. A história dos computadores começa com a definição original de "computadores" pessoas como William Shanks que calculavam números à mão. A frustração com o erro humano levou Charles Babbage a desenvolver a sua máquina [en] diferencial [pt], o primeiro computador mecânico. Mais tarde concebeu a máquina analictíca o primeiro computador de aplicação genérica, mas nunca o terminou. Ada Lovelace assistiu Babbage na concepção e na criação de programas para a máquina não construída tornamdo-a a primeira programadora (aqui primeira e primeiro é completamente equivalente).

100 anos mais tarde o engenheiro alemão Konrad Zuse construiu o Z1, o primeiro computador de aplicação genérica funcional, usando relés de telefone para fazer contagem binária. Durante a Segunda Guerra Mundial, Zuse quiz utilizar tubos de vácuo, mas Hitler não o permitiu pois levaria muito tempo. Na Universidade da Pennsylvania, John Mauchly e J. Presper Eckert construiram o ENIAC, o primeiro computador electrónico de aplicação genérica para ajudar cálculos com aplicação militar. Não o terminaram de modo a ser útil a tempo de ser aplicado na guerra mas sim pouco depois desta Eckert e Mauchly criaram a primeira companhia de computadores comerciais. Levou anos até que o computador chegou ao mercado. Um especialista de Radar, Freddie Williams concebeu o primeiro computador com programas guardados. Em Cambridge, Maurice Wilkes construiu o EDSAC, o primeiro computador útil com programas guardados. Alan Turing imaginou coisas mais interessantes para os computadores do que simples cálculos. Após ter visto o computador Colossus quebrar as cifras alemãs no Bletchley Park. O actor e realizador Derek Jacobi, a fazer de Alan Turing na sua biografia "Breaking the Code", explora as visões de Turing sobre inteligência artificial. Os computadores podem aprender, mas poderão vir a ser inteligentes (ver singularidade)? Entrevistas: Paul Ceruzzi, Doron Swade, Konrad Zuse, Kay Mauchly Antonelli (computador humano na Segunda Guerra Mundial e programadora do ENIAC), Herman Goldstine (um dos conceptores do ENIAC), J. Presper Eckert (co-inventor do ENIAC), Maurice Wilkes (inventor do EDSAC), Donald Michie (Descodificador de cifras em Bletchley Park)

Continua no próximo episódio

Quem quizer descarregar os vídeos através de torrent já pode.

Zemanta Pixie

BBC Horizon - Human v2.0

Navegações

Ontem estava a ler a IEEE Setrum número especial e uma das coisas que me impressionava era a qualidade de algumas das imagens de simulação que alguns dos artigos incluiam. Fui ver quer era essa visualbiotech.ch

Fiquei deveras impressiona com o portfolio pelo que tive de dar uma espreitadela ao canal da BBC no youtube para ver o BBC Horizon - Human v2.0 (parece que isto se está a tornar uma praga o v2.0) uma série com 6 partes. Na quinta encontram-se os bastidores da visualbiotech. A segunda parte apresenta-nos Raymond Kurzweil e Miguel Nicolelis [entrevista no arquivo de uma lista de distribuição de correio]. Raymond Kurzweil está a tentar viver o máximo possível de forma a poder tornar-se virtualmente imortal. Na terceira parte Eric Drexler fala do armaguedão robótico. Na quarta parte Miguel volta a aparecer com a sua experiência de leitura de cérebro e fala do Unabomber (cuja biografia é no mínimo curiosa tendo entre outras coias colaborado de alguma forma com experiências efectuadas pela CIA). No final da 4ª parte encontra-se a apresentação do Prof. Henry Markran (como é que o cérebro codifica o mundo real no mundo eléctrico e que tem vindo a registar a carga eléctrica de cada neurónio de um rato). A sexta parte começa com Seth Loyd que fala de computação quântica. Um dos livrinhos interessantes a ler é Programming the Universe. E lá foi uma hora para o galheiro (algo que não podia dizer quando era míudo).

P.S.: Ao estar a ver o Human v2.0 dei de caras com este outro vídeo também do BBC Horizon: A experiência de 6 mil milhões de dólares. Ou seja o LHC.

E aqui está porque cada vez gosto mais de ler on-line e não a partir das cópias em papel excepto quando estou deitado

Zemanta Pixie

07 junho, 2008

IEEE Spectrum - Singularidade

O último número da IEEE Septrum, um número especial, é dedicado à engenharia especulativa. É um número sobre a singularidade "o momento em que a nossa sociedade muda de forma radical que se torna incompreensível para quem tenha vivido anteriormente".

O número está cheio de ensaios produzidos por pensadores da singularidade tais como o escritor de ficção científica Vernor Vinge, como preparar-se para a singularidade autor de «Rainbows End [críticas na amazon]», Rodney Brooks e Ray Kurzweil. Um dos artigos mais interessantes é o de Vinge, autor de ficção científica e investigador em computação, cujos cenários nos seus romances são realistas. Vinge classifica os cenários da singularidade em 5 tipos mais prováveis que acha alcançáveis até 2030.

O cenário da inteligência artificial:
Criamos inteligência artificial superhumana nos computadores.
O cenário da amplificação da inteligência:
melhoramos a inteligência humana através de interfaces homem-máquina, isto é, alcançamos a amplificação da inteligência.
O cenário biomédico:
melhoramos directamente a nossa inteligência melhorando a operação neurológica do nosso cérebro.
O cenário internet:
humanidade, as suas redes, computadores e bases de dados tornam-se suficientemente eficazes para serem no seu conjunto consideradas como um ser superhumano.
O cenário Gaia Digital:
A rede de microprocessadores embebidos torna-se suficientemente eficaz para ser considerada como um ser superhumano.

Há quem diga que os três primeiro cenários são de facto o mesmo. Há quem esteja preocupado com eugenias do século XXI. Há quem queira mesmo gastar umas tardes a ler a Spetrum

O artigo está em actualização irão seguir-se análises artigo a artigo e depois Seguem-se umas breves notas sobre a edge mas já se está a fazer tarde para mim. Até amanhã ou depois.

Nota: há vantagem em ler on-line pois podemos estar continuamente a saltar para outros sítios para vermos material de referência é uma das vantagem de ler nos nossos computadores a outra é podermos usar o tamanho do tipo que desejarmos não estando limitados pelos desejos dos designer.

06 junho, 2008

A List Apart - 260

No número 260 do ALA, Jina Bolton fala sobre a eventualidade de um interface de utilizador concebido ou desenvolvido seja perdido ao fim de vários meses de trabalho devido a problemas num disco rígido em gráficos ou marcação inválida. Depois explica como é que com documentação adequada poderá ser poupado a esse problema: criando um guia de estilo de interface

Mark Boulton em Manter a centelha: Desenvolvendo ideias criativas, diz-nos que ter ideias criativas é trabalho cansativo e mostra-nos algumas ferramentas que nos permitem acompanhar este desafio.

03 junho, 2008

A Tua Memória Será Aquilo que Desaparecerá de Seguida

História

Douglas Engelbart usou pela primeira vez em público um rato, deu exemplos de corte, cópia e colagem, teleconferência, conferência de vídeo, correio electrónico e hipertexto em 1968 (tinha eu 6 aninhos).

A 9 de Dezembro de 2009 a Wired publicou um artigo sobre este pioneiro, com um título a glosar Sadam «A mãe de todas as demonstrações».

01 junho, 2008

Colbert Report: Brian Greene

Brian Greene, um teórico das cordas, numa linguagem clara e para leigos explica como o nosso entendimento do universo evoluiu das noções de gravidade e espaço-tempo de Einstein até à teoria das supercordas, onde quantidades minúsculas de energia vibratória se manifestam nas 11 dimensões criadas por cada partícula e força no universo: