Web,ruby, Ajax ou qualquer outra coisa que me venha a cabeça (com prioridade para esta última)

31 março, 2008

Crianças e Jovens e Internet

Normalmente quando se "pensa nas crianças" temos um começo para imposição de limites sobre o uso da internet e de vídeo jogos. Um estudo pedido pelo governo britânico parece ir contra a corrente. As crianças e jovens precisam de ser capacitadas para se manterem seguras. As crianças continuaram a ser crianças - tentanto ampliar os limites e arriscarem. Numa piscina publica temos portas, sinais, treinadores e alguns finais menos honrosos, mas também podemos ensinar as crianças a nadar. Normalmente os estudos que pensam nas crianças tendem a ter uma forte tendência para a limitação e não lhes dar acesso aquilo que de mau existe de facto poderá conduzí-los a serem uns falhados mais tarde na sua vida adulta. O estudo encontra-se aqui[pdf].

29 março, 2008

Paola Antonelli e Elastic Minds

Quando comecei a explorar a exposição virtual do MOMA Design and Elastic Mind não fazia ideia que uma das pessoas por detrás dela era Paola Antonelli. Eis mais uma boa conferência da TED.

Entre as peças exibidas encontram-se três peças criadas por colaboradores da Microsoft (josé há destas coisas) Research.

A seedmagazine publicou uma entrevista conduzida pela Paola a Benoit Mandelbrot sobre arquitectura, fractais...

Despertar para a Ciência e Tecnologia

Hoje num comentário a um comentário num artigo do obvious sobre o novo acelerador do CERN fiquei só pela rama.

Há pessoas que são cerebrais e não necessitam de grande incentivo para se sentirem motivadas para a criação científica. Não é o que se passa comigo. Gosto de ficar maravilhado e de ser surpreendido, com coisas complexas e com coisas simples. As grandes construções podem projectar poder mas as construções complexas além de poder transmitem também de certa forma a dimensão da nossa ignorância. Não são só lugares de culto (alguém que tenha trabalhado no CERN pode ser, de certo modo entendido como, um quase deus) mas também demonstra o grau de ignorância que temos sobre as leis da natureza, pois que só são verdadeiramente interessantes os resultados inesperados.

Por vezes as razões para nos maravilharmos com algo grande e complexo nem serão lá muito bem compreendidas, mas o mesmo se pode passar com coisas relativamente simples. Por exemplo, já na faculdade, tive um professor de cálculo, o professor Costa Pereira (ou seria Pereira da Costa) tinha uma comportamento algo estranho mas que prendia a atenção, fazia alguns quilómetros à volta da secretária (de facto várias secretárias juntas) sem nunca tropessar no desnível entre o estrado e o chão do anfiteatro.

Ontém na série de conferências da TED vi uma pessoa que me fez lembrar esse meu professor: Clifford Stoll. E sim, também gosto de experiências relativamente simples como a sua medida da velocidade do som empregando um gerador de ondas, um osciloscópio, um microfone e uma fita métrica. Fique rendido à sua aparente simplicidade.

Clifford Stoll é um astrónomo muito especializado a sua especialidade só pode existir pois há grandes construções que nos permitem enviar sondas para outros planetas, porque há grandes construções que nos permitem monitorizar os corpos celestiais.

Se acham que é fácil não ficar maravilhado com objectos complexos dêm uma saltada aos vídeos da Carolyn Porco tanto na TED (vídeo embebido abaixo) como na DLD (só lá para os 40 minutos). O problema talvez seja mesmo esse numa primeira fase as pessoas ficam babadas e transformam-se em "fan boys and girls", mas no fim as pessoas ultrapassam essa fase do espanto e passam à acção, a uma aprendizagem sobre o que as rodeia e isso também é importante.

A esta entrada podemos chamar a antítese do Z na fórmula de Einstein.

O meu colega tuxer hoje publicou um cartoon sobre os problemas que podem surgir no LHC. Para quem não goste de cartoons pode ler esta entrada. Nota 2: No próximo Sábado é dia aberto no LHC.

28 março, 2008

Primer: Guia Inicial sobre RDF e a Rede Semântica

Este documento foi traduzido para português sendo uma versão não oficial do documento original em inglês Primer: Getting into RDF & Semantic Web using N3 por Tim Berners-Lee. São possíveis erros devidos à tradução de Carlos Afonso da sua exclusiva responsabilidade de Carlos Afonso e os mesmo não são passíveis de imputação, em qualquer caso, ao W3C.



O mundo da rede semântica, como baseado em RDF, é realmente simples na base. Este artigo mostra como poderá começar a dar os primeiros passos. Usa uma linguagem simplificada -- Notation 3 ou N3 – a qual é basicamente equivalente ao RDF na sua sintaxes XML mas mais fácil de escrever quando se está a começar.

Sujeito, verbo e objecto

Em RDF, a informação é uma simples coleção de afirmações cada uma com um sugeito, verbo e objecto – e nada mais. Em N3 pode escrever-se um triplo RDF dessa forma, com um ponto final:

<#carlos> <#conhece> <#luisa> .

Tudo, seja um sugeito, um verbo ou um objecto é identificado usando-se um URI Identificador Universal de Recurso. Isto é algo como <http://www.w3.org/> ou <http://www.w3.org/2000/10/swap/test/s1.n3#includes>, mas quando falta tudo antes do sinal de cardinal "#" isso identifica o <#carlos> no documento actual seja ele qual for.

Há uma excepção: o objecto (só) pode ser um literal, como uma cadeia de caracteres ou um número inteiro:

<#carlos> <#conhece> <#luisa> .
<#carlos> <#idade> 24 .

O verbo “conhece” é aquilo que em RDF se designa por “propriedade” e pensa-se nela como um nome que exprime a relação entre os outros dois. De facto podemos escrever

<#carlos> <#filho> <#zeca> .

Alternativamente, para o tornar mais legível, podemos reescrever o mesmo como

<#carlos> tem <#filho> <#zeca> .

ou

<#zeca> é <#filho> de <#carlos> .

Há dois atalhos quando se tens várias afirmações sobre um mesmo sujeito: o ponto e vírgula ";" introduz uma outra propriedade do mesmo sujeito, uma vírgula introduz outro objecto com o mesmo predicado e sugeito.

<#carlos> <#filho>  <#zeca>, <#pedro>, <#ana> ;
       <#idade>    45 ;
       <#cordosolhos> "castanho" .

Assim, por exemplo os dados na tabela

idade

cordosolhos

carlos

45

castanho

zeca

13

verde

pedro

15

verde

Pode ser escrita como

  <#carlos>  <#idade> 45;  <#cordosolhos> "castanho" .
  <#zeca>    <#idade> 13;  <#cordosolhos> "verde" .
  <#pedro>   <#idade> 15;  <#cordosolhos> "verde" .

Por vezes, há coisas envolvidas nas afirmações que não têm qualquer identificador a quem as queira atribuir – sabe que existe um mas só deseja dar as propriedades. Isso representa-se usando parêntesis rectos com as propriedades dentro deles.

<#carlos> <#filho> [ <#idade> 14 ] , [ <#idade> 13 ].

Isto pode ser lido como querendo dizer que o #carlos tem um #filho com a #idade de "14" e um #filho com a #idade de"13". Há 2 coisas importantes a lembrar

  • Os identificadores são meros identificadores o facto de as letras c a r l o s serem usadas não querem dizer a ninguém nem a nenhuma máquina que estejamos a falar de alguém cujo nome seja "Carlos" – excepto se dissermos <#carlos> <#nome> "Carlos". O mesmo se aplica aos verbos – nunca tome as letras f i l h o como querendo dizer o que significam – iremos descobrir como mais tarde.

  • Os parentesís rectos indicam que algo existe com a propriedade dada, mas não nos dão nenhuma maneira de nos referirmos às mesmas noutro local neste ou noutro documento.

Se de facto desejarmos usar um nome poderiamos ter escrito a tabela acima como

  [ <#nome> "Carlos"; <#idade> 45;  <#cordosolhos> "castanho"  ].
  [ <#nome> "Zeca" ;  <#idade> 13;  <#cordosolhos> "verde" ].
  [ <#nome> "Pedro" ; <#idade> 15;  <#cordosolhos> "verde" ].

Há várias maneiras de combinar parêntesis rectos – mas pode perceber isso, sem a minha ajuda, dos exemplos que aí vêem. Não há muito mais a aprender sobre como exprimir dados em N3, e assim passemos à frente.

Partilha de conceitos

A rede semântica não pode definir num documento o que qualquer coisa quer dizer. Isso é algo que pode fazer em português (ou ocasionalmente em matemática) mas quando realmente comunicamos usando o conceito "título", (tal como numa ficha da Biblioteca Nacional ou numa página da Rede), dependemos de um conceito partilhado de “Título”. Na rede semântica, partilhamos de forma precisa usando exactamente a mesma URI para o conceito de título.

Podia exemplificar a tentativa de dar um título a um documento N3 por

<> <#título>  "Um exemplo simples de N3".

(O par <> inicial é uma referência URI vazia que se refer sempre ao documento em que é escrito.) O <#título> refer-se ao conceito de #título como definido no proprio documento. Isto não quererá dizer muito ao leitor. Contudo, um grupo de pessoas criou uma lista de propriedades designada por Dublin Core, entre as quais figura a sua ideia de título (title) que deram ao identificador

<http://purl.org/dc/elements/1.1/title>. Assim podemos definir muito melhor a afirmação se dissermos

<> <http://purl.org/dc/elements/1.1/title>
 "Primer: Guia Inicial sobre RDF e a Rede Semântica usando a notação N3".

Claro que isto poderá ser um pouco verboso em excesso – imagine identificadores tão longos para tudo como #idade e #cordosolhos. Assim a N3 permite estabelecer abreviações para a parte mais comprida que designamos como espaço de nomeção. Estabelece-se esse espaço de nomeação usando a expressão "@prefix":

@prefix dc:  <http://purl.org/dc/elements/1.1/> .
<> dc:title
  "Primer: Guia Inicial sobre RDF e a Rede Semântica usando a notação N3".

Note-se que no caso de se usar prefixo, usamos dois pontos (:) em vez de um sinal de cardinal entre dc e title, e não se usa os <sinais de menor e maior que> à volta da coisa toda. É muito mais rápido. Será assim que irá ver e escrever a maior parte dos seus predicados em N3. Uma vez estabelecido um prefixo pode ser usado no resto do documento.

Há um cada vez maior número de vocabulários RDF aos quais nos podemos referir - Ver RDF home page e coisas enlaçadas a partir dela – e pode construir os seus próprios vocabulários para as suas aplicações de forma muito simples.

Por agora iremos usar um espaços de nomeção bem conhecidos, de modo a pouparmos espaço, irei simplesmente presumir os seguintes prefixos

@prefix rdf:  <http://www.w3.org/1999/02/22-rdf-syntax-ns#> .
@prefix rdfs: <http://www.w3.org/2000/01/rdf-schema#> .
@prefix owl:  <http://www.w3.org/2002/07/owl#> .

Estes são, respectivamente, os espaços de nomeação RDF, RDF schema e OWL. Dão-nos os termos centrais sobre os quais nos podemos atirar para a rede semântica. Irei também presumir que o prefixo vazio figura no lugar do próprio documento que se esteja a escrever que podemos exprimir em N3 como

@prefix : <#> .

Tal significa que a afirmação lá mais atrás poderia ser escrita como

:carlos :filho [ :idade 14 ] , [ :idade 13 ].

Que irá pois incluir muito menos caracteres a escrever. Agora compreende como escrever dados em N3 pode começar a construir os seus próprios vocabulários pois são eles próprios só dados.

Criar vocabulários

Coisas como dc:title acima são propriedades RDF. Quando se quer definir um novo vocabulários defini-se novas classes de coisas e novas propriedades. Quando se dizer que tipo de coisa algo é, diz-se a que Classe pertence.

A propriedade que nos diz de que tipo uma coisa é é rdf:type que pode ser abrevida em N3 para a (do inglês um ou uma ). Assim podemos definir Pessoa como Classe

:Pessoa a rdfs:Class.

No mesmo documento, podemos apresentar uma pessoa real

:Carlos a :Pessoa.

Classes só nos dizem sobre a coisa que está nelas. Um objecto pode pertencer a muitas classes. Não é necessário que haja qualquer relação hierárquica –pense em Pessoa, ObjectoAnimado, Animal, PessoaAlta, Amigo, etc. Se houver uma relação entre duas classes pode tratar de o exprimir – veja as propriedades (de classes) nos vocabulários RDF Schema e OWL .

:Mulher a rdfs:Class; rdfs:subClassOf :Pessoa .

Uma propriedade é algo que é usado para declarar uma relação entre duas coisas.

:irmã a rdf:Property.

Por vezes quando existe uma relação entre duas coisas, imediatamente sabe-se algo sobre elas, que pode ser expresso como uma classe. Quando o sugeito de qualquer propriedade tem que estar numa classe, então essa classe é o domínio da propriedade. Quando o objecto tem que estar numa classe, então a classe é designada o domínio de uma propriedade. Uma propriedade pode ter vários domínios e limites, mas normalmente uma especifica uma.

:irmã rdfs:domain :Pessoa; 
        rdfs:range :Mulher.

Note-se que os identificadores de classe começar por letras maísculas e as propriedades com minúsculas. Não é uma regra mas sim uma boa convenção a manter. Note-se ainda que devido ao domínio de rdfs:range e rdfs:domain ser ele mesmo uma rdf:Property, segue-se que :irmã é uma rdf:Property sem que seja explicitamente expressa essa qualidade.

Equivalência

Frequentemente, define-se um vocabulário onde um ou mais termos, quer se tenha apercebido ou não quando se começa, é de facto exactamente o mesmo que o definido noutro vocabulário. Isto é uma porção de informação realmente útil para qualquer pessoa ou máquina que trate da informação. A propriedade de equivalência entre dois termos é tão útil e fundamental que a N3 tem uma abreviatura especial para a mesma: "=".

:Mulher = foo:PessoadosexofemeninoAdulta .
:Title a rdf:Property; = dc:title .

Pista: Usar vocabulários de outras pessoas quando se possa – ajuda à intertroca de dados. Quando se define o nosso próprio vocabulário que inclui sinónimos, devemos registar a sua equivalência porque, se irá ajudar processadores actuais e futuros a processar os nossos dados e os dados dos outros de modos apropriados.

Escolher um espaço de nomeação e publicar o seu vocabolário

Documentação em linha de termos de vocabulário ajuda as pessoas a ler e escrever dados RDF. Os escritores necessitam de ver como um termo é suposto ser usado, os leitores necessitam ver o que é suposto significarem. As pessoas que desenvolvam software que use os termos necessitam de saber em detalhe exactamente o que é que cada URI significa.

Se documentar o seu vocabulário usando os vocabulários RDF Schema e OWL, então os seus documentos serão legíveis por máquinas de uma variadade de modos interessantes e úteis, como mencionado acima e explorado em mais detalhe em Vocabulary Documentation. Este género de documentação-RDF-em-RDF é por vezes designada por “esquema” ou “ontologia”.

A forma mais fácil de ajudar as pessoas a encontrar a sua documentação é fazer as URIs que cria de termos de vocabulário também funcionarem num navegador web. Isto funciona automaticamente se seguir as convenções de nomeação que usamos aqui, onde o documento de definição de vocabulário tem uma URI semelhante a http://exemplo.com/termos e se refer aos seus termos como <#Mulher>. Com a declaração de @prefix anterior, isto dá a URI http://exemplo.com/termos#Mulher que deverá funcionar em qualquer navegador que mostre o documento de definição.

Idealmente deverá publicar a sua documentação na web usando um servidor e porção do espaço URI que seja possuído por uma organização que possa manter os mesmos bem no futuro. Assim, dentro de muitos anos no futuro, os dados em RDF que usem os seus termos ainda serão documentados e potencialmente poderão ser compreendidos. QA convenção de colocar o ano corrente na URI pode ajudar na estabilidade; poderá haver alguém, que algum dia, seja tentado a reutiliza algo como http://exemplo.com/vocabulario-comida, mas provavelmente não mexerá em http://exemplo.com/2003/vocabulario-comida, quando desejarem actualizar a documentação. Em certas circunstâncias pode também aumentar a estabilidade usando um nome de domínio especializado que possa ser isolado de renomeação da organização ou de problemas relativos a marcas.

Claro que se só estiver a divertir-se poderá usar um ficheiro (digamos minhadb.n3) na mesma pasta do resto do seu trabalho. Qaundo o fizer pode simplesmente usar <minhadb.n3#> como identificador do espaço de nomeação, porqueem N3 (assim como em HTML), as URIs podem ser especificadas de modo relativo à localização actual.

Mais

Agora já sabe tudo o que necessita para começar a criar os seus próprios vocabulários, ou ontologias e tem alguns apontadores para onde pesquisar sobre meios mais ricos de os definir. Não necessita de ir mais longe, pois o que tem agora lhe permite criar novas aplicações, criar esquemas, ficheiros de dados e programas que intertroquem e manipulem dados para a rede semântica.

Neste ponto deverá estar a adquirir experiência e a escrever algo. Para lhe dar mais ideias há uma longa lista de exemplos variados e mais complexos. Estes vêm com explicações menos detalhadas.

Ou pode continuar num tutorial que lhe dê mais características da linguagem, explicando-lhe como processar os seus dados e como envolver outros dados na Web. Neste caso o próximo passo é sobre: Shortcuts and long cuts


Referências

Tim BL, sem o seu chapéu de director
$Id: Primer.html,v 1.61 2005/08/16 13:49:21 timbl Exp $

27 março, 2008

Simple English Wikipedia

Toda a gente conhece a Wikipedia. Mas nem toda a gente conhece a simple english wikipedia, uma enciclopédia com texto mais simples do que a original e com muito menos artigos. Por exemplo podemos aqui ver a página dedicada a Einstein na original e na simples.

Twine

Hoje recebi convite para o beta do Twine (quem desejar receber um convite meu basta pedir por comentário). O comentário não será publicado. Twine é aparentemente mais uma rede social onde o foco principal não é quem conhecimentos mas o que conhecemos. Estou agora a fazer uma primeira exploração sobre o que está disponível e ainda não vi nada que me levasse a querer de facto pertencer a mais este serviço. Para quem queira uma primeira aproximação ao serviço eis um artigo do Bennet:


A mistela complexa, que é a Internet, tem um certo charme. Uma massa confusa de informação e de páginas da web completamente inúteis, apresentam-se ao lado de páginas importantes, com o Google a ser um dos poucos meios à nossa disposição para distinguirmos entre um e outro lado. O Google é ainda o principal meio de organização da Web, mas a Internet evoluiu desde que este organização começou há 12 anos (muitos anos em termos de Web). Tim Berners-Lee, a quem se atribui a invenção da World Wide Web, disse ao Times Online que acredita que o Google será "ultrapassado" pela Web Semântica.

Em vez de se orientar para páginas Web, a Web Semântica, em teoria irá organizar todos os tipos de informação desde extractos bancários, a mapas, fotografias e estudos de pesquisa médica. No vídeo para a Technology Riview, Berners-Lee fala acerca da tecnologia da Web Semântica como podendo ajudar os médicos a comparar diferentes tipos de dados médicos, combinando dados de nutrição com dados médicos ou dados de padrões de viagens aérias que pareceriam não estar relacionados, dando luz a tendências e informação que pode literalmente salvar vidas.

Por agora, muito da promessa da Web Semântica está por realizar, mas as empresas estão ocupadas a prepararem-se para tirar vantagem da nova tecnologia. A última encarnação é um website chamado Twine, criado pela Radar Networks, actualmente em teste beta privado (eu o tradutor disto recebi um convite e este é o primeiro documento a que chego usando este site). A CNet News relata que a Twine conseguiu 18 milhões de dólares em duas recolhas de capital para implementar a tecnologia.

Neste momento o Twine parece-se muito com o Facebook e o MySpace ou outros sítios de rede social. Os utilizadores criam um perfil, carregam uma imagem e ligam-se a outros utilizadores do sítio. A companhia espera que os utilizadores comecem a lançar quantidades massivas de mensagem electrónicas, dados de pesquisa e informação relativa a trabalho no sítio, de modo a que as pessoas possam começar a tomar consciência da informação de novas maneiras.

A diferença entre Twine, MySpace e Facebook ou outros sítios de redes sociais é que nas redes sociais a questão é saber-se quem é que se conhece e no Twine é saber-se o que se conhece, disse Nova Spivack, fundador da Radar Networks à CNet News. Se a Rede Semântica funcionar tão bem como Spivack e Berners-Lee esperam as pessoas rapidamente começaram a saber muito mais.

Original de Bennet Gordon no UTNET. Tradução apressada do cafonso

Seguiu o primeiro convite. Tenho mais 9. Actualização: Tim acaba de publicar uma clarificação do que disse ao Times Online.

26 março, 2008

Barra do Blogspot

Aqui há cerca de 2 anos mudei o visual aqui do "ainda a pensar", depois num dia em que parecia ter-me esquecido da mente resolvi actualizar o blogue para a "nova" (da altura) versão do blogspot. Quando abro novamente o blogue vejo que a barra do blogspot retornou e maravilhosamente cobre o nome do blogue (algo que começou como uma piada) e então resolvi que seria assim que passaria a aparecer o blogue.

Hoje o Mário Andrade, colega do Planet Geek, resolveu mostrar como remover da vista essa barra maravilhosa.

ABC3D

Um pequeno vídeo com o abcedário de Marion Bataille

25 março, 2008

Grande poupança

Há coisas que só podem fazer sorrir como a poupança que a NASA foi obrigada a fazer no veículo que tem em Marte Spirit.

Actualização: Parece que afinal volta a haver dinheiro para que os dois veículos continuem a operar durante este ano. Para um histórico sobre a exploração de Marte pode dar um salto ao IO9

Editor de Hergé Morreu

Raymond Leblanc 1915-2008

Raymond Leblanc o editor belga que construiu a Lombard morreu dia 21 com 92 anos. Leblanc era um funcionário público que se tornou membro da Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1945 convenceu Hergé a publicar numa revista semanal orientada para os miúdos e a poder usar o nome de Tintin para essa publicação. Hergé recrutou três amigos Paul Cuvelier, Edgard P. Jacobs, Jacques Laudy para o ajudarem na revista.

A revista teve um sucesso imediato tendo a sua tiragem passado dos iniciais 60.000 exemplares para os 80.000. Na altura a Spirou era líder de mercado. A Lombard publicou cerca de 1.500 livros de banda desenhada, metade ainda em circulação.

via: tintinofilo

20 março, 2008

3 Desejos

A TED acaba de apresentar os 3 desejos dos vencedores do prémio deste ano.

O físico Neil Turok fala sobre a sua vida esquizofrénica. Nasceu na África do Sul e viveu no Quénia e vive na Inglaterra agora com saltos a África. Deseja criar 15 centros, em 5 anos, feitos à imagem do African Institute for Mathematical Sciences Quer levar condições a África para que esta crie os seus próprios inovadores e empreendedores.

Na sua conferência fala de uma explicação para a expansão do universo. Também fala de como funciona esta universidade onde os alunos vivem no mesmo edifício que os professores.


Karen Armstrong fala das religiões abrahamicas - Islão, Judaísmo e Cristianismo.

Tenho que admitir que é uma das conferências, da TED, de que não gosto.


Dave Eggers pede que pessoas criativas se voluntarizem para apoiarem as suas escolas públicas. Fala do seu projecto 826 Valencia, um centro de tutoria, que inclui entre outras coisas um laboratório de escrita. Ele diz para perguntarmos aos professores como podemos ajudar. Pede ainda para partilharmos as nossas histórias deste género de voluntariado no novo sítio Once Upon a School.

Efeitos do Sub-prime

No mês passado, por engano, coloquei agui uma ligação que devia ter publicado nosmeusapontadores sobre o que eram os empréstimos sub-prime explicados em animação. Hoje encontrei mais duas outras ferramentas que me fazem pensar mais um pouco sobre isto.

A primeira é um documentário da televisão holandesa:

A segunda é um artigo no "And Still I Persist" onde é apresentada uma ferramenta de acompanhamento das estatísticas de uma série de bancos quanto a clientes que entram num atrazo superior a 90 dias (vulgo crédito mal parado)o Boomerang.

Este artigo sobre o Boomerang no final tem uma prendinha para quem queira ver algo mais.

19 março, 2008

Quantos Defeitos se Mantêm no OOXML

Parece que a Microsoft de cada vez que toca neste monte de lama fica cada vez mais enlamiada. Após ter corrigido alguns dos erros detectados (cerca de 3500), consegue introduzir alguns incluindo uma falha de segurança o armazenar palavras de passe em texto nas string de conexão a bases de dados.

Se quizer ter uma noção melhor dê um pulo à Antic Disposition.

Do NAND ao Tetris em 12 Passos

Shimon Shocken, professor de tecnologias da informação israalita, dá uma cadeira designada por "From Nand to Tetris in 12 Steps" onde os alunos começam por conceitos simples de portas NAND e acabam por construir um computador simples e a jogarem Tetris.

Shimon Shocken deu uma conferência nos Tech Talk.

Nessa conferência (cerca de uma hora de vídeo) diz-nos que a generalidade dos problemas na vida real se apresentam de forma agregada enquanto em ambiente académico as coisas parecerem divididas por temas. Isso leva a que os estudantes nãos destingam a árvore da floresta.

Shimon e Noam Nisan pensaram que uma das coisas que seria necessário seria uma disciplina, de orientação temática, que englobasse os conhecimentos de várias áreas. Os fundamentos deveriam ser a base da construção de um computador (hardware, algoritmos, sistemas) de uso genérico.

Como Shimon Shocken diz no vídeo pode ver-se o curso, os seus requisitos e recursos no respectivo local.

Máquinas fotográficas de papel

máquina fotográfica de papel

Em míudo os meus irmãos mais velhos tiveram uma papel muito importante para me despertarem a curiosidade. O meu irmão do meio tratava de fazer umas experiências de química (com base num livro de grandes dimensões com experiências para jovens). Tinha um armário feito de propósito para isso. O meu irmão mais velho gostava de nos apresentar coisas como aqueles livrinhos com imagens ligeiramente diferentes de página para página e que se passadas rapidamente parecia um desenho animado.

Hoje a corbis fez-me o favor de me mostrar umas câmaras fotográficas (de facto meras câmaras obscuras) feitas de papel.

Animal Logic

O interface do MOMA e o respectivo conteúdo demoram muito a ser visitados o da Animal Logic é um condensado (tenho que admitir que não gosto deste formato em livro).

Arthur C. Clark

Arthur C. Clark, Dezembro de 2007, a falar de sua casa em Colombo. A sua voz estava já algo cansada, dizia que já usava cadeira de rodas, que dormia muito e que tinha muito tempo para sonhar.

Depois falava da sua visão para o desenvolvimento da raça humana para os próximos ano...3 desejos. Obrigado. Sou Arthur C. Clarke a falar-vos de Colombo.

9 minutos bem empregues.

90 orbitas ao Sol.

Última entrevista à Spectrum de Artur C. Clarke ActualizaçãoLarry Sessions propõe no seu blog que se dê o nome de Evento de Clarke ao acontecimento que sucedeu a 19 de Março de se ter tornado visível à vista desarmada, na Constelação de Bootes, luz que viajou 7,5 mil milhões de anos.

16 março, 2008

MOMA Design and the Elastic Mind

É raro ficar surpreendido por determinado interface, mas este, caramba, está muito para além do trivial (falar como um físico). Tenho que admitir que o meu cérebro está algo bloqueado, depois de ter sido passado a ferro pelo autocarro só para esboçar o que penso sobre a quantidade de informação aqui disponibilizada e a qualidade com que o faz.

Cada um pode preparar as suas visitas (virtuais), prepare-se para umas quantas longas visitas. Comecei pelos vídeos sobre o funcionamento das células.

Depois fui até à página inicial e dei uma vista geral (usando o rato para poder mexer-me rapidamente (se é que se pode dizer isso. O interface é particulamente PESADO. Mas encontram-se algumas gemas (será que há algum sítio para a falar como um geólogo) entre estas temos as escalas do universo (da Nikon) (podem começar pelos fermi ou fentometros e irem pela escala a cima. Isto é só uma sugestão claro)

Actualização: Hoje estive a ver mais um bocadinho encontrei por lá a nossa representante da ordem Susana Soares com os seus acrescentos olfativos e presentemente no projecto Material Beliefs.

Nota: A continuar a exploração.

O IO9 tem que ser proíbido de ser visitado por mim senão qualquer dia não faço nada. Então ontem encontrei esta exposição virtual do MOMA, hoje para descontrair encontrei o Museu do Improvável felizmente a viagem é mais curtinha.

Actualização:A viagem continua hoje com duas breves indicações a da Imaginary Forces e a da Mill. via: IO9 Actualização (2009-03-01):Um comentário vindo do Brasil levou a que eu fizesse uma resposta importante para quem queira obter mais algumas informações em português. Tenho ainda um outro artigo sobre esta exposição que envolve a sua curadora, Paola Antonelli.

Incerteza e Papel dos Professores

Link para o original: xkcd 263

Estava eu a ler uma daquelas coisas que não lembra ao diabo, as regras de funcionamento de um forum de física quando surge esta ligação para o xkcd para a impossíbilidade de se transmitirem verdades perfeitas universais (excepto por professores de matemática).

15 março, 2008

Pangea Day

A escola Escola Secundária D. Sancho I, na Av, Barao da Trovisqueira em Vila Nova de Famalicao, Portugal vai levar a cabo uma sessão pública no dia 10 de Maio do Pangea Day. Veremos se mais entidades divulgam sessões desde género, ou se só vamos ficar por esta escola.

A Abertura dos Arquivos da TED

A TED acaba de abrir o seu arquivo, desde o início com a conferência nº 1 a de Nicholas Negroponte em 1984.

O fundador da TED Richard Saul Wurman teve a visão de gravar cada uma das conferências que levou a cabo. O material original foi registado em Betamax e as fitas foram trancodificadas para DV, sendo que a maior parte, estava em condições (centenas delas).

Ver a conversa de Frank Gehry com Wurman em 1990, antes da construção de alguns dos edifícios (que não metia água - os seus edifícios eram famosos por chover lá dentro) que constituem a sua imagem de marca é interessante. Ver Nicholas Negroponte em 1984, antes do MIT Media Lab ter uma casa condigna e onde tartamudiava a palavra convergência antes de todo o mundo é no mínimo curioso (eu sou cusco dizem-me os meus colegas). Nessa conferência de 2 horas (ainda não era aplicado o princípio dos 18 minutos) falou dos CD-ROM, sítios web, quiosques, tecnologia de reconhecimento de voz, animação gerada por computador, interface de ecrã táctil, etc.

Por agora, só lá estão uns minutos, mas irão lá estar as duas horas da conferência um dia mais tarde.

14 março, 2008

Morreu o pai do Eliza

Eliza era um programa que simulava um ser humano, à la teste de Turing. O seu papá: Joseph Weizenbaum faleceu com 85 aninhos a 5 de Março de 2008.

11 março, 2008

ROI e tradução

Hoje o Gamito dizia que traduz melhor do que os tradutores de de séries e tocava no caso clássico de evidence a ser traduzida por evidência e não por algo como prova. Hoje quando estava a ver um programa do Discovery ouvi falar de ROI e na legenda li "o regresso do investimento" em vez do "rendimento do investimento" ou do mais clássico "rentabilidade do investimento" ou outra equivalente. Parece ser o retorno do "por defeito" em vez de "por omissão".

Um teste para ouvintes

Um teste para ouvintes

10 março, 2008

Mais Cábulas

Hoje encontrei mais um sítio com cábulas de coisas como html, perl, ruby, css... Apropriadas para quem desenvolva sítios web, mas não exclusivamente para seu uso claro. Não se deve usar as cábulas como se fossem referências nas diversas linguagens de marcação ou programação.

Ver todos os artigos de cábulas.

06 março, 2008

Sapo no mapa da Information Architects

A vizinhança do Sapo no mapa da Information Architects é interessante. Jornais e editores de vários pontos do globo começando está claro por aqueles que nos estão mais próximos.

04 março, 2008

IE8 e Standards

Água mole em pedra dura tanto dá até que fura. Até a Microsoft de vez em quando muda, neste caso diz que sob os princípios de interoperabilidade que em Fevereiro tinha feito vir a público e desta vez parece ter decidido no sentido correcto isto é por omissão o Internet Explorer 8 irá reproduzir em modo standard e se alguém desejar que ele reproduza algo em modo quirks que trate de o pedir explicitamente.

Inovação aberta

Sou leitor do freakanomics já há alguns anos (primeiro como blog independente e depois integrado no NYT). Ontem ao ler uma das suas crónicas encontrei um site que me deixou perplexo e inspirado, o Open Innovation um local para entidades que necessitem de encontrar soluções para problemas e para pessoas (lá no sítio dizem ter 175.000 solucionadores registados) que os desejem/saibam resolver sendo pagas para tal. Não sei se os problemas colocados são de resolução simples para especialistas das respectivas áreas mas com pagamentos entre os 5000 dólares e o milhão de dólares pode ser que haja alguém que queira espiolhar a lista de que deixo aqui um exemplar:

NNOCENTIVE 5716202 Theoretical-IP Transfer 339 project rooms open Statistical methods and software for cluster analysis in clinical trials POSTED: DEC 18, 2007 DEADLINE: JUN 18, 2008 $20,000 USD Statistical methods and software for clustering longitudinal patient profiles for clinical trials are needed.

No caso de querer ter acesso ao resto do desafio terá que se registar no site.

Feira das Vaidades e Hitchcock

A Vannity Fair criou uma série de fotografias que evocam filmes de Hitchcock. O diapositivo escolhido foi-o em honra do Luís António.

03 março, 2008

Direitos Autorais

Se é cidadão europeu e acha que os direitos autorais de registos sonoros não devem ser extendidos para lá dos 50 anos então leia cuidadosamente o artigo a que esta entrada está associada e depois de refletir assine a petição lá indicada.

01 março, 2008

Einstein - Citação

O Mário Gamito (sinto-me um pouco macaco de imitação) tem vindo a publicar algumas citações de Einstein. Hoje chegou a minha vez:

A imaginação é muito mais importante que o conhecimento

Falta aqui a graça de criar um postal com a citação mas sou bem mais tosco do que o original.

Claro que roubei a citação de um trabalho de Marc Prensky «Mobile phone imagination - using devices kids love for their education». Que encontrei quando andava a ver as fórmulas para o século XXI de uma série de luminárias.

Depois fiz uma pequena busca pela citação e apareceu-me um mar de citações de Albert Einstein até fiquei gago.

2008-03-02: Hoje na minha lista de feeds apareceu-me o documentário "A sinfonia não terminada de Albert Einstein". Há boas coincidências