Há já uns dias comecei a levar um dos meus projectos para a frente, quiz ter uma imagem do estado da Web Portuguesa em relação aos Web Standards.
Para meu grande espanto e horror fiquei com uma terrível sensação: as equipas/pessoas que desenvolveram os sítios que visitei não se devem importar nada com esses aspectos é como se de cada vez que comprassem uma lâmpada para as suas casas, terem de comprar um casquilho novo, uma chave (de fendas ou outra) nova um novo contrato de fornecimento de electricidade, etc pois nada seria standard como os seus sítios.
Depois um dos meus leitores o André Luís teve a amabilidade de fazer um comentátrio do género ninguém se preocupa com isso. Não sei se é verdade mas quase que parecia. Fui vez o site dele e tenho que admitir que além de estar conforme o básico, e até para além do básico, é visualmente apelativo e faz sentido.
Aproveitei ainda ir ao seu portofólio ver os seus trabalhos mais antigos e aí verfica-se que realmente ele fez uma evolução marcada, passou de sítios não conformes e com utilização de elementos numa situação aplicados noutra situação (exemplo table para disposição de conteúdos em vez de dados de tabelas) para um ambiente onde cumpre as regras.
Nas observações abaixo quanto às correções deve ser tido em conta que o André provavelmente deseja manter os seus trabalhos anteriores nesse estado até para quem lhe encomende trabalhos possa ver o que é que ele foi aprendendo ao longo do tempo. É um sinal de capacidade de aprendizagem e humildade (nós não nascemos iluminados).
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Valida como xhtml 1.1. Porreiro
A fase dois também passa scripting e estilo segregados. A fase três passa: não há utilização de tabelas para coisas indevidas.
Utilização de informação por assinatura. Porreio.
Não gosto de classificações automáticas, a não ser como auxiliares. Gosto do teu site/blog pessoal.
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Bem sei que o site que escolhi é de 2003 e talvez na altura não fosse incorrecto (se o João Craveiro não faz erros eu (nem tu) também não). No entanto até podias corrigir a situação pois não é particularmente grande e só tens 10 erros (que de facto são menos). Vê os resultados do validator.w3.org e verás que a maior parte são fáceis de corrigir. Já me tinha esquecido o site é o da feira. Como julgo que percebes, para mim o aspecto formal não é o mais importante mas se reparares mesmo após validares o site em questão resta-te o problema de teres usado uma tabela para posicionares as coisas. Lembra-te que a net não é um livro e talvez não seja de todo razoável querer ser uma espécie de Grande Irmão dos utilizadores. A segunda coisa que eu faria nesse site seria empregar só marcação semântica.
Aqui então houve algo que não entendi, aqueles ícones não servem para nada a não ser decoração. Eu sou daqueles que acha que o design não é decoração, não gostei.
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5 erros na validação de framset com enconding 8859-1(?). Alguma razão especial para usar esta codificação?
Não gostei logo que me fosse dito que necessita de um Plug-In (Flash). Deve na minha opinião verificar se o navegador tem determinada capacidade e, no caso de não ter, degradar em conformidade (dando mesmo a possibilidade de instalação a pedido).
Então não seguiste uma construção normalizada. Tenho que admitir que não gosto de esquadrias mas quando se usam devem ser bem usadas.
Já agora a talho de foice as minhas esperanças quanto à aplicação de Web Standards no ensino superior português estão a decrescer a cada minuto. Ainda não tenho um relatório sobre o assunto mas estou quase a vomitar.
Não me digam que só nas autarquias vou encontrar algumas ilhas?
André LuisQuiz comentar a ou minhas entradas sobre web standards em Portugal e disse:
...não vou abrir um blog soh para comentar.
Muita coisa vai mal em portugal. (olha, rimou) Falta coordenação nos defensores dos standards.. algo tem que ser feito a nível nacional para trazer a necessidade e o interesse do uso de standards aos clientes.. não às empresas de webdesign.
Quando os clientes começarem a conhecer os benefícios de certeza que alguns vão começar a pedir "quero um site daqueles bem feitos, com standards". Se eles agora sabem pedir em flash, qualquer dia sabem pedir em standards.
Já tinha referido tudo isto no blog do ( Joao Craveiro um dia destes... ;)
Realmente o João Craveiro foca estes aspectos, mas na minha modesta opinião sobre o assunto é mais perto do seguinte: quando vou ao médico espero que ele use as boas práticas profissionais da medecina, não espero ter que lhe dizer que as deve usar, o mesmo se deve passar na construção de sites web.
O problema que se pode levantar é eventualmente não ser possível repassar alguns custos para o cliente. Outro problema é as dúzias de programadores/designs de web que quase pagam para trabalhar.
O que é que pensam disto?
P.S.: Retirei os comentários pois só quase aparecia spam.
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