Alan Alda
Alan Alda era um dos médicos do M.a.s.h., uma série que se passava na Coreia e que me fazia rir um pouco aos fins de semana. Bom mas vamos ao que interessa:
ROUNDING AN ENDLESS VICIOUS CIRCLE
Tenho dificuldade em acreditar que uma coisa irá mudar tudo. A única excepção será se aprendermos a viver uns com os outros. Mas, alguém julga que tal será possível durante o resto da sua vida previsível?
Há provas de parecem apontar para se aumentar o risco muito de cada vez que obtemos uma nova ideia ou tecnologia. Estas novas coisas são inicialmente moralmente razoáveis e benignas (tipos móveis, farmacologia, estado de direito) mas em pouco tempo conseguimos tornar estas invenções em algo que fazemos muito bem - exercer poder sobre o outro.
Mesmo que sejamos visitados por gente pequenina de outro planeta e formos forçados a unir-nos, duvido se demoraríamos, em pouco tempo, a encontrar forma de nos dividirmos em facções novamente, identificando aqueles que de entre nós não seriam propriamente gente.
Mantemos-nos a andar à roda num círculo vicioso infinito. Será que irá emergir uma ideia ou tecnologia rapidamente que nos permitirá sair deste ciclotrão letal antes de nos chocarmos e estilhaçarmos em milhões de bocadinhos? Será que ultrapassaremos o nosso brilho antes deste planeta ser pintado com outra camada de gente? Pode ser mas duvido. Alan Alda
Alan Alda teve um programa chamado Frontiers durante 15 épocas na PBS. Esses vídeos encontram-se no arquivo da PBS que em horas de pico não os consegue reproduzir.
Chris Anderson - Curador da TED
Está tudo ligado.
Uma revolução em ensino suportada pela Web
Quando pensamos nos milhares de milhões de pessoas, tendemos a pensar em: sobrepopulação, pobreza, doença, instabilidade, destruição ambiental. São estas as principais causas dos problemas do planeta.
O que sucederia se isso estivesse para mudar? O que sucederia se o homem médio fosse capaz de contribuir mais do que consumir? Adicionar mais do que subtrair? Pense no mundo como se cada pessoa tratasse de um balanço. No débito estão os recursos consumidos sem serem substituídos, do lado do crédito estão as contribuições que fazem ao planeta na forma de recursos que produzem, os últimos artefactos com valor que constróiem, e as ideias e tecnologias que podem criar para um futuro melhor das suas famílias, as suas comunidades e o planeta como um todo. O nosso futuro depende de o somatório de todos os balanços se vierem a tornar positivos.
O que é poderá tornar tal possível? Uma razão chave para esperança é que só riscamos a superfície do potencial humano. Ao longo da história, a maioria dos humanos não foram as pessoas que poderiam ter sido.
Faça a seguinte experiência mental. Pegue no seu cientista favorito, matemático ou herói cultural. Agora imagine que em vez de ter nascido onde e quando nasceram, tivessem nascido com as mesmas capacidades mas não reveladas numa típica aldeia miserável, digamos em França em 1200 ou na Etiópia em 1980. Teriam efectuado a mesma contribuição que deram? Claro que não. Nunca teriam recebido a educação nem o encorajamento que receberam para alcançarem o que alcançaram. Em vez disso teriam vivido vidas simples no meio da miséria com uma ou outra visão de que se poderia ter algo melhor.
Inversamente, um número desconhecido, mas grande desses que levam uma vida dura têm o potencial de serem world-changers... se conseguirmos descobrir uma maneira de revelarem esse potencial.
Há dois ingredientes que podem ser suficientes para isso. Conhecimento e inspiração. Se aprender ideias que possam transformar a sua vida, e se sentir a inspiração necessária para agir com esse conhecimento, então há uma chance de que a sua vida será transformada.
Há várias coisas que metem medo no mundo de hoje. Mas uma das espantosas é a de que os meios para espalhar tanto o conhecimento como a inspiração nunca foram tão grandes. Cinco anos atrás, um professor espantoso com uma capacidade de catalisar as vidas dos seus e suas alunos/alunas poderia realisticamente ter esperança de ter um impacto em talvez 100 pessoas por ano. Hoje o mesmo professor pode espalhar as suas palavras em vídeo para milhões de estudantes ávidos. Há já exemplos numerosos de palestras que foram distribuídas de forma viral para audiências massivas de Internet.
A orientar este fenómeno inesperado está o facto de que o custo físico de difundir uma palestra ou lição gravadas para o mundo caiu efectivamente para zero. Isto sucedeu a uma velocidade fenomenal e as suas implicações ainda não são bem percebidas. Mas são seguramente capazes de transformar a educação global. (O Medina Carreira obviamente não tem esta opinião ou estou errado?)
Por um lado, entender que os melhores professores da actualidade se podem tornar celebridades globais irá elevar o calibre daqueles que ensinam. Pela primeira vez em muitos anos é possível termos jovens brilhantes de 18 anos a colocarem a profissão de "professor" no topo das suas listas de selecção profissional. A própria definição de "bom professor" irá expandir-se, à medida que muitas pessoas de fora da profissão mas com boa capacidade de comunicação de ideias importantes encontrem o incentivo para tornar o seu talento disponível ao mundo. Adicionalmente cada professor existente pode amplificar grandemente as suas próprias capacidaeds convidando, em vídeo, para as suas salas de aula os melhores cientistas mundiais, visionários e tutores. (Pode um professor inspirar em vídeo? Sim. Ouvimos histórias de deixar cairo queixo, todos os dias.)
Agora pense nisto do lado dos estudantes. No passado, o sucesso de todos dependia de terem a sorte de ter um bom professor na sua vizinhança. A maior parte não tinha essa sorte. Mas uma menina nascida em África hoje, terá dentro de 10 anos acesso a um telefone celular com um ecrã de alta resolução, uma ligação à internet e mais capacidade de cálculo que um computador actual. Podemos imaginar que ela irá poder ter incentivo e debate face-a-face da selecção de bons professores que ela faça. Ela terá uma hipótese de ser quem poder ser. E poderá acabar por ser a pessoa que salve o planeta para os nossos netos.
ALUN ANDERSON - Consultor Senior do da New Scientist
Uma das pessoas que desconheço completamente. Eis Alun numa palestra intitulada Religião e Ciência: São compatíveis?
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Stewart Brand
Clima
Stewart Brand, fundador do "Whole Earth Catalog" e co-fundador da comunidade «on-line» The Well diz:
As alterações climáticas são um problema global que não pode ser corrigido através da economia global, que aliás temos, exige uma governação global, que não temos. Temos que encontrar novos modos de entendimento internacional, acordo e verificação/obrigação de cumprimento
.Como partilhar responsabilidades em relação a legiões de refugiados climáticos? Quem decide que projectos de geoengenharia devem andar para a frente? Quem os paga? Quem estabelece as indemnizações/compensações para as vítimas? Como é que são tratados os à boleia? Os humanos já geriram baldios (commons) - zonas de pesca, sistemas de irrigação, regimes de fogos - mas nunca a esta escala. A governação global irá mudar tudo.
City Planet
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April Gornik
Sentimentos dos animais
April Gornik, uma artista novaiorquina diz:
"Há um consenso científico crescente de que os animais têm emoções e sentem dor. Esta consciencialização terá um efeito modificador: melhor tratamento dos animais nos negócios pecuários, pesquisa e a nossa interacção com os animais. Irá mudar a forma como comemos, vivemos e preservamos o planeta. Iremos eliminar a tendência arquaica de basear o seu tratamento numa equação entre a sua e a nossa inteligências. A medida e a nossa auto-congratulação pela nossa própria inteligência deverá estar baseada no nosso comportamento moral assim como na nossa esperteza.
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Brian Eno
O sentimento de que as coisas irão piorar inevitavelmente
Brian Eno, músico e produtor:
O que poderá mudar tudo não chega a ser um pensamento. É mais um sentimento.
O desenvolvimento até agora foi alimentado e orientado pelo sentir de que as coisas podem melhorar, e que provavelmente se vão tornar melhores. O mundo era rico em comparação com a sua população humana; havia novas terras a conquistar, novos pensamentos para elaborar e novos recursos para alimentar tudo isto. As grandes migrações da história da humanidade cresceream do sentir de que havia um lugar melhor, e as instituições da civilização cresceram do sentir que se poderia ter um mundo melhor a longo prazo se todos participassem na verificação da XX selfishness individual.
O que sucederá se esse sentir mudar? O que sucederá se se achar que não há longo prazo? Ou que não haverá um pelo qual esperar? O que sucederá, se em vez de sentirmos que estamos há beira do abismo de um novo continente cheio de promessa e acaso, começarmos a sentir que estamos num barco demasiado cheio em águas hóstis, lutando para não naufragarmos, preparados para matar pelo último bocado de comida e água?
A continuar são só mais 148 previsões...será que grava...
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