Web,ruby, Ajax ou qualquer outra coisa que me venha a cabeça (com prioridade para esta última)

16 novembro, 2005

Um Profissional Nunca Pode Deixar de Aprender

Um profissional nunca pode deixar de aprender

Nos últimos tempos tenho lido artigos que levantam o mesmo problema: os profissionais da web que se recusam a actualizar as suas capacidades e insistem em usar métodos desactualizados não se podem chamar a si próprios profissionais da Web.

Há quem me possa achar elitista ao dizê-lo. Mas pense sobre o assunto. Porque é que os profissionais da web não necessitariam de saber sobre o seu metier. Acho esta atitude - tida por muito gente neste meio e por muita gente fora dele - insultuosa para aqueles que diariamente trabalham de forma árdua para se manterem actualizados e ao corrente das melhores práticas.

Gosto que outros expressem as suas opiniões sobre este assunto. Ian Loyd entrevistou Andy Clarke. Eis uma citação que subscrevo:

Há tantos sítios na web, blogues e publicações derigidas para ajudar as pessoas a aprenderem sobre standards e técnicas de acessibilidade que deixou de haver desculpas para não produzir código semântico ou CSS. Pessoas que continuam a produzir disposições de páginas baseadas em tabelas, imagens para espacejamento ou que ignorem a acessibilidade (eu acrescento a usabilidade) não se devem chamar a si próprias profissionais da web.

Esta foi uma forma abreviada de dizer aquilo com que concordo. No caso de desejar comentar esta citação dê um salto a Acessibilidade - Sem luvas

Estou completamente de acordo com o que o Andy diz. Não há razão para tratar alguém como profissional se essa pessa não envida qualquer esforço para aprender e se manter actualizado. Veja bem não estou a apontar o dedo aos que não sabem, aos que são tão novos no meio que ainda não aprenderam mas que estão dispostos a aprender sobre desenvolvimento e concepção modernos para web.

A Molly Holzschlag no seu artigo web standards e novo profissionalismo diz:

O cerne da questão é simples: temos que saber do nosso mêtier! E o que não sabemos, temos que ter disposição para dizer que não conhecemos e que estamos abertos a aprender.

A palavra chave aqui é mêtier. Há tanta gente no meio que parece que não se interessa pelo que faz. Há muitas pessoas que só fazem o que for preciso para que a tarefa termine, que é uma expressão comum para defender o uso de métodos desactualizados.

Estas palavras da Molly surgem num contexto de degradação obervado no sítio da Disney no Reino Unido substituindo um sítio concebido com base em web standards por um sítio concebido com uma grande mixordia de tabelas.

Sei pouco sobre desenvolvimento de web. Mas quando não sei algo, trato de o admitir e ir à procura. Ou pergunto a alguém que o saiba.

Finalmente John Oxton, que exprimiu a citação seguinte em Porque é que agora é ex-html (algumas palavras censuradas):

O que eu desejo é HTML que dê um pontapé no ... se não for tratado de forma adequada. HTML que não tomasse xxxx, com uma mensagem bem destacada (VÁ TRATAR DE APRENDER A USAR-ME!) a pessoas que se recusem a aprender esta linguagem super simples e que não queiram refinar a sua compreenção.

John fala de XHTML servido como XML. Sei que muitos não acreditam no deixar que o navegador (user agent seria um termo mais correcto) apresente mensagens de erro ao visitante de um sítio, em vez de tentar (o user agent), entender o que o autor queria de facto dizer/mostrar. Deixemos de lado esta controvérsia e, imaginemos que todos os navegadores mostram tais mensagens de erro. Não sucederia que muitos dos chamados profissionais da web se preocupariam em aprender como resolver esses erros?

Bem sei que se o HTML tivesses sido tão estrito desde o início, a web não se teria tornado no que é hoje, pois, a curva de aprendizagem, teria sido muito difícil de ultrapassar para muita gente. Mas a web está mais madura agora do que há uma década, quando apareceram os primeiros navegadores gráficos. Chegou a altura para os profissionais da web também amadurecerem.

Alguns dos Grandes Podem Mostrar o Caminho

Amanha veremos como se comportam as empresas em Portugal.

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