Em troca de impressões internetianas com o joca ferro do bit.ate disse-lhe que achava que não havia censura sobre a blogosfera portuguesa, estavamos a falar do docente de um politécnico que tinha referido a situação académica fora do vulgar do nosso Primeiro. Hoje, nas minhas leituras matinais vi algo (ver o primeiro comentário) que me leva a pensar que estava errado, estava a ser demasiado anjolas.
Claro que não se trata aqui de um exemplo de censura por um organismo público especializado (mesmo que os especialistas por vezes fossem uns broncos) mas sim de censura velada de uma Universidade (um local onde aprendi que se deveria pensar diferente e exprimir essa diferença mesmo que fosse contra corrente só assim se avança e só assim se cumpre um dos objectivos da Universidade.
Então um docente (assistente com contrato a termo) foi "aconselhado" a fechar ou retirar conteúdo satírico (? não o vi pelo que deixo aqui este ponto de interrugação) em dois dos seus blogues. Parece que também fazia stand up comedy pelo que também a deixou de fazer. Acho isto absurdo. Uma Universidade que não aceite dissidência mais tarde ou mais cedo tende a ficar amorfa e de facto a deixar de ser motor de mudança, deixando de ter utilidade para a sociedade. Por muito idiota que possa ser o conteúdo de um blogue, aquilo que se devia pedir ao docente é que nas suas aulas (e nas suas investigações se for investigador) saiba despertar a curiosidade dos seus discentes para as matérias dadas e para matérias conexas.
Quase impedir (por óbvia dependência económica) que ele se exprima como quer é um perfeito absurdo.
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