Quando não se faz o trabalho de casa depois aparecem-nos coisas que queríamos ter indicado mas que não o fizemos por ignorância.
Não sabia que existia uma organização TSF à imagens dos médicos sem fronteiras para as telecomunicações. A TSF (não confundir com a rádio portuguesa) possui sistemas de telecomunicações por satélite que podem ser instaladas rapidamente em locais em crise como por exemplo no Perú após o terramoto de há poucos dias ou em Moçambique aquando das cheias.
Hoje em Portugal existe uma comunidade de pessoas vindas das mais diversas origens. Muitas dessas pessoas são de estratos económicos relativamente baixos.
Contudo quando chega o momento de comunicar com os seus entes queridos nos países de origem recorrem frequentemente ao uso de telemóvel tanto cá em Portugal como no respectivo país de origem.
Recorrem nesses países com frequência à partilha do terminal (vulgo do telemóvel). Esta forma de comunicação exige uma de duas coisas ou que a comunicação tenha sido previamente acordada e nesse caso o familiar estará na proximidade do terminal ou quando tal não suceda a um sistema de chamada em dois passos. No primeiro passo faz-se uma chamada que não se destina a falar mas a identificar quem quer falar e normalmente quem recebe saberá quem chamar sendo seguido do segundo passo para efectuar uma chamada para falar. Há claro outras alternativas como a de deixar recado.
Este sistema pode ser complementado com algo em que tanto na origem como no destino houvesse sistemas equipados com microfone, auscultadores e câmara, eventualmente um scanner e impressora (ou em alternativa um multifunções) que permitisse às pessoas não só falarem e escutarem mas também verem-se (algo que é importante numa comunicação para linguagem não vocal), copiarem e imprimirem documentos.
O sistema poderia não ser totalmente igual em todos os sítios.
Por exemplo, poderia haver num local um servidor que se encarregaria de fazer a ligação ao sistema de telecomunicações locais, alguns computadores do género do olpc, ou outros de baixo custo, distribuídos nas escolas. Em Portugal o sistema passaria por servidores asterisco e por PC (que não necessitam de ser o último grito tecnológico) equipados com software livre com capacidade de arrancarem a partir de CD ou de dispositivo USB instalados nas associações de imigrantes, ONGs ou outras agremiações de utilidade pública.
Sem comentários:
Enviar um comentário