Note-se que isto ainda está a ser escrito e revisto - 2008-01-26
Os vídeos da conferência DLD - 2008 já se encontram disponíveis.
Na abertura da conferência são apresentadas uma série de pessoas que participaram em anteriores eventos com breve biografia. Entre as pessoas presentes estavam o criador da last.fm, o responsável pela TED. Os temas vão desde a criatividade, publicidade, empreendorismo, biologia, filosofia, energia, sustentabilidade, amizade, fazer perguntas, falar ...
Painel
Hubert Burda, Joseph Vardi, Martin Sorrell, Richard Wurman, Joe Schoendorf (Accel Partners uma empresa de VC) e o moderador David Kirkpatrick da Fortune.
Após uma apresentação de cada um dos membros no painel feita pelo moderador, Richard Wurman o criador da TED começou a falar sobre o que lhe foi dito no seu na sua juventude e o que ele foi descobrindo ao longo da vida entre outras coisas falou de um guia impresso em luvas para a visita a um museu em Londres, tendo terminado por dizer que o seu corpo era um zoológico.
Joseph Vardi seguiu-se e começou por dizer que estava muito humilde (após mandar uma piada sobre o criador da maior empresa de publicidade no painel durante a apresentação feita pelo moderador que a não entendeu). A libertação de criatividade é algo que leva a sério. A queda do muro foi um facto importante. Vemos mudanças importantes nas indústrias da música, cinema, telecomunicações, inovação... o melhor dos tempos.
Seguiu-se Joe Schoendorf (um VC veterano do Vale da Sílica). Este pegou no mote deixado por Vardi e disse que os melhores tempo estão para vir (é deixar assentar a poeira levantada digo eu) pois ao contrário da sala em que falava no mundo há cerca de 3 mil melhões de pessoas com menos de 25 anos. Depois falou de uma pequena estória dos seus tempos da Apple, quando recebeu um telefonema de Alfin Tofler que queria colocar um CD em cada livro que acabara de editar (após remover grande parte do que tinha escrito) uma impossibilidade prática à primeira vista pois só havia algumas centenas de milhar. Tofler ter-lhe-à dito que a vida dos seus netos quando estes fossem adultos teria poucas ou nenhumas semelhanças com a sua própria vida e Joe acha que a velocidade de mudança é realmente muito grande. Por exemplo diz que no Maine ninguém com menos de 25 anos se lembra de não estar on-line ao contrário da audiência que quase de certeza de lembra quando se ligou pela primeira vez. Por outro lado no mundo há actualmente 3 mil milhões de telefones celulares, iremos viver num mundo com mais câmaras de vídeo do que pessoas e termina dizendo que a mudança, no seu negócio, significa disrupção, que significa oportunidade.
Burda manda a piada que na audiência há poucas pessoas de 25 anos pois alguém tem que trabalhar. Depois fala de atenção e a sua importância numa organização de media. Acabando por falar do mestre do suspense Hitchcock
Martin Sorrell [WPP] (o alvo da piada sobre um mundo de fios) - geografia estando nós numa mudança de poderio a caminho da China, depois diz ter esperança, mas dúvidas sobre a Europa sendo que na Europa do Leste estão a avançar mais rapidamente que na Europa. Martin Sorrell disse que a Google é um seu amigo embora um funcionário da Google o tenha corrigido. Google cresceu em 10 anos para uma dimensão superior à empresa de Buffet (o amigo do Bill Gates). Depois entrou directamente na massa (no seu caso na publicidade). Depois diz que os doutorados que o preocupam são os dos locais inovadores que podem provocar revoluções em Bangalore e Pequim. Depois foca a importância de grandes eventos desportivos em 2008 acha que o ano se conseguirá acabar por compor. Depois na China acha que em 2009 haverá um abrandamento na China. Nos EUA um novo presidente terá que enfrentar a questão do duplo deficite. Terminou por pedir para não se perder a esperança mas preocupando-nos com 2009. (A WPP tem um volume de negócio da ordem dos 12 mil milhões de USD. (foi comprada nos anos 80 por menos de 300 milhões num take over agressivo)
Hubert Burda responde ao moderador se está ou não pessimista em relação há Europa Ocidental. Ele diz só saber do seu negócio e que nele não está pessimista. Depois acrescenta ter sido chairman na Universidade de Munique durante 10 anos e que depois foi para Stanford e que acha que na Europa se está muito longe, por não se ter percebido que o importante é o software (conteúdos no caso dele julgo). Diz que na Europa não há tradição no software (com a excepção da SAP dito dele). Compara o algoritmo (da google?) à invenção da perspectiva no séc XIV ou XV. O enquadramento para a atracção dos melhores e as regras sociais que implicam falta de dinamismo no emprego. Desse ponto de vista a América e a Ásia (vejo um coreano do sul). A distância da formação entre as universidades europeias tradicionais e as americanas ou as do Reino Unido é muito grande.
O moderador diz que Burda está muito há frente dos outros responsáveis de empresas de media.
Joe diz que Martin foi muito corajoso naquilo que disse. E faz uma previsão de que no G7 há actualmente 5 países europeus e que no final do segundo mandato (2016) do novo presidente americano (independentemente de quem seja) haverá um o Reino Unido. A China ultrapassou a Alemanha e a Índia, o Brasil e a Rússia. Depois falou sobre o declínio da fabricação nos EUA e disse que em XXXX havia 37% da população no sector industrial e que hoje há 35% e que o fazem com metada das pessoas (donde a produção actual é quase o dobro). Há 100 anos nos EUA 98% das pessoas estavam no sector primário. Se lhes dissessen que 95% teriam que encontrar algo para fazer poderia parecer uma catástrofe (pode ter sido a nível individual). A produção do sector é 10x maior actualmente. Estas mudanças [radicais] sucedem e a velocidade de mudança está a aumentar. Fim de mensagem
Joseph Vardi diz que 1/4 das firmas no Vale da Sílica são criadas por emigrantes de 2ª geração. Depois diz que com a globalização os filhos dos emigrantes podem ficar nos respectivos países e cita o caso da Turquia de onde tinha acabado de chegar. O perigo para as firmas incumbentes vem dos filhos dos emigrantes. Alguns dos resultados que estamos a ter vem da globalização e da rede (Joseph atirou uma farpinha ao Martin que responde). Martin aproveitou para realçar que na sua opinião a Turquia poderia ser uma âncora se fosse integrada na União Europeia pois tem uma população jovem e poderia ser um flecha da Europa no Médio Oriente e no mundo árabe. A China e a Índia que têm estado 200 anos do lado errado da história podem passar a estar 200 anos do lado certo. Depois diz que os EUA têm uma capacidade de adaptação similar à da família real inglesa. Diz que já se tinha dito antes de Reagan que o Japão tomaria a dianteira e que tal não sucedeu. Depois Joe diz que o abandono da Intel da produção de RAM (Decisão de Andy Grove em 1975, 1974 tinha sido um bom ano) levou muita gente a prever o fim do Vale da Sílica. O moderador diz que foi falta de vistas da parte da imprensa.
O moderador pergunta a Robert já que ele fala tanto de mudança global e população o que é que tem a dizer sobre estes pontos. 2 Pontos. Depois de uns cumprimentos aos outros oradores e de achar que aquilo que disseram deve ser passado a um diagrama começa a dizer algo sobre dele. A primeira cidade a ultrapassar 1 milhão de habitantes foi Pequim. Depois conta a estória de ter "adquirido" a limousine do VC após uma festa no restaurante Veritas em Nova Yorque na conferência de Davos lá. A Joseph é perguntado o que pensa da crise potencial e ele responde que há uma profecia dada aos loucos e que irá responder se lhe for perguntado em 2011.
Essa coisa Google. Burda responde que o google permite descobrir clientes (que os clientes nos descubram. Quem venda páginas de publicidade está lixado tem que se ser criativo. Martin se tivesse 25 anos não estaria na Europa Ocidental estaria provavelmente em Pequim ou em Bangalore ou na Coreia do Sul (dá razões). Os BRIC são importantes, mas os 11 seguintes são muito interessantes e por fim eventualmente em África o continente da oportunidade. A rapidez da mudança é muito grande a mudança da Líbia e a importância dada pela China a África está a provocar grandes alterações. Seria para um destes sítios que teria ido. Joe ficava-se pelo Vale da Sílica. Robert faria um google melhor. Martin responde ainda a uma pergunta sobre mulheres e a sua ausência actual no painel.
DLD08 - Day 1 - Challenges for a global brand
Esta palesta apresentada por Olaf Göttgens, CEO da BBDO Consulting da Alemanha, começa por dar os parabéns à DLD por se ter tornado uma conferência de elevado gabarito (festinhas nas costas). Depois partiu para a estória da sua meninice quando a TV na Alemanha tinha dois canais, não havia controlo remoto e à meia-noite a televisão dava o hino, seguido de uma hora de mira técnica e depois deixava de haver emissão e compara-a com o panorama actual com centenas de canais, 3000 periódicos (jornais e revistas) eram 2000 há 5 anos. Isto é um desafio. Depois fala da filha da sua mulher anterior (não tenho a certeza do parentesco) ilustrando com uma foto com um sofa com duas pessoas uma delas com um portátil e um auricular com um DVD a passar e a conversar. Ao perguntar-lhe o que estava a fazer disse que nada, acrescenta que é o que se passar nesta geração e que isto é um desafio e acha que a bala de prata é o branding consistente. Depois apresenta os quatro passos para o fazer, o segundo, fascinar, faz lembrar a Apple mas aqui relativo à Mercedes-Benz (produzir produtos apetecíveis). O quarto ponto é confiança. Resumidamente o importante é o Branding.
Isto leva a ter que puxar pela atenção das pessoasPalestras encadeadas - DLD08 - Day1 - Creating universes
Este vídeo é dos mais longos, 1h 46m
Paulo Coelho, David Silverman, Carolyn Porco, Oliviero Toscani.
Nota lateral: Tenho que admitir que não gosto dos livros dele (de facto só passei os meus olhos por 2 deles) mas pareceu-me mais inteligente do que esses livros me pareciam indicar.
Paulo Coelho começou por dizer que a Stephanie Czerny (quem fez a introdução) lhe tinha ensinado que só se fazia negócio com quem se gostava. Diz o óbvio que continua a ser importante o contacto pessoal directo e depois parte para a influência da internet e suas consequência na indústria do livro.
Diz que vai realçar 3 aspectos, muitos idiomas, direitos autorais, contacto com os leitores - comunidades sociais. A internet começa por influênciar a forma como nos expremimos (fala do 4 em vez do for e do U em vez do You) e diz que o mesmo ocorre no português. Virá o dia em que se não soubermos o que isto quer dizer que será impossível comunicarmos. A alteração do (de inglês arcaico para o you demorou 300 anos e do you para o U 10 anos [o tema da aceleração da mudança volta a aparecer] e preve que esta alteração estará estabelecida dentro de 20 anos.
Agora quer tratar de um aspecto específico dos direitos autorais e descobriu que se deixasse piratiar (promovendo ele a pirataria) os seus livros estes acabavam por ser comprados em números muito maiores, falando expressamente do Alquimista na sua edição Russa do qual no momento vendeu 10.000.0000 após ter colocado o Alquimista disponível para descarregar. Fez o mesmo para uma série de outros livros (vejam a ligação na página do pirate coelho site do próprio.
Passa ao 3 aspecto que quer focar. O leitor pode desculpar um mau livro, o leitor não desculpa que um escritor escreve a "mesma" história várias vezes (qual é a escritora que faz plágio a ela própria?). Hoje lê-se muito mais do que há 10 anos. Pode-se interagir com os nossos leitores. Fala da sua experiência quotidiana de 3 horas na net (myspace, blog, flickr ... e no projecto conjunto com a Burda).
Sejamos generosos e partilhemos e receberemos algo. Partilhemos o prazer de viver. Encontrar pessoas. E vai convidar 100 dos seus leitores para ir à sua festa anual dentro em breve, a festa deste ano é em Paris.
David Silverman, o co-criador dos Simpsons, Ice Age, etc (mais um contador de estórias. O computador no pódio mudou para um Apple (em que raio de cor). Os Simpsons são uma família a assistir à televisão mas integrados na cultura popular. Por isso vão evoluindo e com a democratização (não foi a expressão usada) do uso dos computadores eles tb os vão usar (cita algo sobre o Bill Gates que perdi. Passa um exemplo ( [o extracto foi retirado os produtores dos Simpson deviam escutar as palavras do Paulo Coelho] Homer goes Crasy, mostra outro extracto. Depois começa a descrever a equipa que está nos bastidores a qual incluiu dois matemáticos teóricos, foi a primeira vez que pessoas que escrevem para sitcom foram usadas para escrever para desenhos animados. Continua nesta linha e depois tenta passar mais uma cena e o Apple para, mas o homem cobre o tempo enquanto tenta ressuscitar o seu Apple. Falando do fluxo de trabalho entre a ideia inicial, storyboard, animação a traço, avaliação e reescrita até à produção final. Os Simpsons não era uma história completa mas sim um conjunto de ideias base como a de Simpson trabalhar num reactor nuclear e ir a bar do Moe...Depois foram inserindo ideias e personagens. A animação era Big Guts. A passagem ao digital na produção dos Simpson só ocorreu nos 2004. Sentiu-se na necessidade de dizer que não havia problema para ele, depois de dar uma piada à Fox, de colocar uns extractos no youtube ou noutro lado qualquer. A Fox não gosta mesmo nada.
Carolyn Porco seguiu-se. A responsável pela equipa da Cassini. Começou por pedir para apagarem as luses. Depois falou dos habitantes de um planeta rochoso coberto de água que tinham eventualmente conseguido gerir campos electromagnéticos e libertado da gravidade máquinas para as lançarem no espaço inter-planetário. Que tinham feito isto por imperativo biológico. Necessitavamos de dar um sentido às nossas circunstâncias cósmicas. A Cassini alcançou Saturno em 2004 e diz ter pena de não ter tempo para nos transmitir o que aprendeu (emos como humanidade) nestes últimos quatro anos.
Passa às luas de Saturno. Saturno tem 60 luas. Os seus de Saturno estão cheios de luas que vão desde uns quantos quilómetros até algo como os EUA. Em relação a algumas das luas a Cassini sobrevoou-as a poucas centenas de km como faz o Space Shuttle à volta da Terra. Ficamos a conhecer alguns dos processos de criação de planetas pela observação das luas de Saturno. Iapetus é a lua onde Arthur C. Clarke colocou o monolito de 2001 Odisseia no Espaço. Iapetus tem um lado claro e um escuro. A observação do lado escuro mostra uma superfície cravejada de crateras, tem um equador com montanhas com até 10 quilómetros de altitude, característica muito significativa, as primeiras imagens são de 2004. Em Setembro de 2007 fizemos um vôo a cerca de 1000 quilómetros de altitude dirindo-se para a zona polar (pode ainda consultar-se esta página sobre Iapetus) branquinha, não temos o orçamento de hollywood para fazer filmes. Vê-se que a superfície está cheia de crateras e que portanto é muito velha (4 mil milhões de anos). Iapetus tinha um movimento de rotação muito mais rápido do que o actual. Depois explica porque é que a superfície fica mais negra numas zonas e menos negra noutras explicando-a como resultado da exposição ao Sol, consequente evaporação do gelo e o deixar para traz de resíduos que não água (alguns de características orgânicas (com carbono presumo). (A Carolyn deve mesmo gostar do raio da lua) A Carolina falou muito tempo sobre Iapetus. Deixei as 2 melhores luas para o final. Titan
Peço desculpa mas estou a ler o ficheiro sobre a missão cassini que acabei de descarregar a continuação disto vem mais tarde. Mário já me arrependi de te chamado uma criança por teres visto as várias épocas de 24 de uma só vez pois estou novamente um puto a ver embasbacado vídeos e fotografias desta missão e agora vou ler o raio do livro felizmente parece ter muitas imagens senão estava frito. Devia ser proíbido ficar tão fascinado (porra 2º passo dos homens do marketing de acordo com o fulano da BBDO)
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Marta Stewart
Martha Stewart é entrevistada por Tyler Brûlé (editor da Monocle). Na conversam sobre a produção de revistas, qualidade das fotografias (que Martha diz ainda serem produzidas em filme na maior parte dos casos nas suas revistas).
Depois Martha mostra como arruma uma mala de viagem. Dentro de sacos de plástico transparentes encontrava-se entre outras coisas uma Canon EOS, um Sony Vaio, um Kindle, um iPhone, carregadores, adaptadores de corrente e claro um caderninho para escrever à moda antiga. Fala da sua experiência como blogger, de fotografia, aproveitando para tirar uma à audiência, e de facilitar a vida das mulheres. Uma das coisas que me aborreceu ao ver isto é que a rapariga ainda usava uma folhas em papel para dizer ao que vinha na sua palestra (realmente aborrecido).
Martha chega ao detalhe de falar num projecto do MIT de uma máquina de café que reconheça as chávenas de modo a servir o café de acordo com o gosto individual. 45 minutos para dormir com os olhos abertos.
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