Nós os seres humanos temos a capacidade de olhar para um espaço e apercebermos-nos dos elementos importantes enquanto ignoramos a restante, pois os nossos cérebros foram assim formados/treinados. Os robots, normalmente não funcionam desta forma, eles têm que examinar cada elemento de imagem e de decidir se algo tem interesse ou não.
Assim se pedir a um robot que descobra um monitor de computador, quando o robot entra num espaço irá metodicamente verificar cada elemento de imagem desse espaço até descobrir o que está à procura. Embora seja provável encontrar, tal poderá levar muito tempo.
Um grupo de investigação da Universidade de Cornell está a ensinar robots a serem capazes de interpretarem um espaço de forma rápida categorizando os objectos que encontrem e suas relações com outros em sentido genérico, tal como nós humanos o fazemos. Por exemplo, se entrar num quarto e desejar localizar uma mesinha de cabeceira, normalmente (subconscientemente) nós identificamos locais aos quais não precisamos de dar atenção (não esperamos encontrar uma mesinha de cabeceira pregado ao tecto, normalmente). Se não a virmos de imediato podemos aproximarmos-nos da cama e olhar para os lados da cabeceira, e normalmente encontramos aí a mesinha de cabeceira. Tarefa terminada para humanos.
Agora vejamos como o faz um robot: primeiro mostraram 50 cenas diferentes a um robot com a maior parte dos objectos devidamente legendados. O robot leu as legendas e memorizou características associadas aos objectos tais como, cor, textura e objectos nas proximidades, de tal forma que ficou capaz de usar essas características categorizadas a novos objectos em ambientes onde nunca tinha estado.
Armado com estes "conhecimentos" e um método de "raciocínio", o robot foi capaz de entrar numa sala onde nunca tinha estado e procurar um teclado e sabendo que tinha descoberto um monitor era provável encontrar nas proximidades um teclado, bastando procurar nas redondezas do monitor e claro descobrindo o teclado.
Esta capacidade de seguir cadeias de raciocínio para identificar, categorizar e localizar objectos ainda está em desenvolvimento, mas dar a capacidade de compreender um contexto e usar essa compreensão para se adaptar a coisas novas leva à possibilidade de máquinas de efectuem os trabalhos mais chatos.
Fonte: Cornel.
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