Web,ruby, Ajax ou qualquer outra coisa que me venha a cabeça (com prioridade para esta última)

21 setembro, 2008

Computação Social na Europa

Ontem houve um encontro entre meia dúzia de pessoas interessadas nos impactos que o uso de ferramentas de computação social poderão ter.

Uma das conclusões a que se chegou é que seria necessário criar alguns conteúdos relativos ao uso de ferramentas. Algo que não me lembrei na altura foi o de saber qual o actual estado de coisas.

Hoje por coincidência, através do Twine tomei conhecimento de um relatório sobre uso/adopção de computação social na Europa. É dele que deixo aqui uma «tradução» das suas 2 primeiras páginas.

Pode aceder-se ao relatório It can be accessed through the Europa server: http://europa.eu/

JRC 46431

EUR 23415 EN
ISBN 978-92-79-09453-8
ISSN 1018-5593
DOI 10.2791/33329
Luxembourg: Office for Official Publications of the European Communities © European Communities, 2008
Reproduction is authorised provided the source is acknowledged
Printed in Spain

O Joint Research Centre da Comissão Europeia tem um esquema de pesquisa exploratória cuja finalidade é construir competências em campos científicos estrategicamente relevantes. Um dos projectos escolhidos na IPTS, após um período de pedido de propostas foi "Exploratory Research on Social Computing" (ERoSC). Este projecto foi levado a cabo pela Unidade para a Sociedade de Informação no IPTS durante 2007-2008

A finalidade do projecto é 1. explorar o impacto socio-económico da computação social, 2. avaliar a sustentabilidade das aplicações sociais (modelos de negócio e viabilidade) 3. a posição da Europa em termos de criação, uso e adopção e 4 as opções das políticas de pesquisa e inovação da EU. Tal pesquisa é importante e urgente pois a computação social já tem um impacto significativo em vários aspectos da sociedade e o conhecimento recolhido anteriormente era anedótico e sem comparação. Também, a recente natureza das aplicações de computação social, o seu crescimento elevado em termos de criação, uso e adopção e as alterações contínuas em tecnologias, aplicações e comportamento dos utilizadores, reforçam a necessidade de uma monitorização contínua e a construção de uma capacidade científica.

Assim, o projecto ERoSC levou a uma recolha e avaliação sistemáticas empíricas do impacto sócio-económico das aplicações de computação social. O enquadramento metodológico para a avaliação consistiu em pesquisa de secretária usando estudos, relatórios e estatísticas disponíveis sobre computação social em geral e em conteúdo colaborativo e redes sociais em particular. Além disso foram entrevistados perítos e foi levado a cabo uma workshop para validação das opções políticas para tratar dos desafios que o domínio das aplicações de computação social, por ser novo estar em rápida mudança, levanta.

A pesquisa foi levada a cabo internamente por um certo número de pesquisadores chave, e suportada por uma equipa multidisciplinar pertencendo às diferentes áreas de actividade da unidade de IS. Este é o primeiro relatório dos cinco do projecto ERoSC. Fornece uma avaliação sistemática empírica da criação, uso e adopção das seguintes aplicações de computação social: blogging, podcasting, conteúdo colaborativo, rede social, partilha de multimedia, social tagging e social gaming. Todos os relatórios ERoSC estarão disponíveis em: http://is.jrc.ec.europa.eu.

Enquanto completa o projecto ERoSC, a unidade IS da IPTS (Institute for Prospective Technological Studies - um dos 7 institutos de investigação do Joint Research Centre (JRC) da Comissão Europeia.) irá continuar a trabalhar sobre computação social, e está a avaliar actualmente os impactos da computação social em: saúde, governação, aprendizagem, inclusão, competetividade e indústrias das tecnologias de informação e comunicação/media.

Sumário Executivo

Nos últimos anos, o crescimento das aplicações de computação social tem sido impressivo. Estas aplicações digitais definem-se por capacitarem interacção, colaboração e partilha entre utilizadores. Incluem aplicações para blogging, podcasting, conteúdo colaborativo (por exemplo, Wikipedia), redes sociais (por exemplo, MySpace, Facebook), partilha de multimedia (isto é, Flickr, YouTube), social tagging (por exemplo, Deli.cio.us) e social gaming (por exemplo Second Life).

A importância da computação social foi reconhecida por quem faz a política europeia. Considera-se que é um desenvolvimento potencialmente disruptivo da Sociedade da Informação, no qual os utilizadores têm uma papel crescentemente importante na forma como os produtos e serviços são moldados e usados.

Isto pode ter impactos sociais e económicos importantes em todos os aspectos da sociedade. Há, contudo, pouca prova científica sobre o crescimento e impacto das aplicações de computação social. O objectivo deste relatório é providenciar uma avaliação sistemática empírica da criação, uso e adopção de aplicações de computação social. Foram assim coligidos dados actualizados em sete áreas específicas da computação social: blogging, podcasting, conteúdo colaborativo, redes sociais, partilha de multimedia, social tagging e social gaming. Além disso, o relatório dá uma definição de computação social de modo a clarificar o que se quer dizer, face aos múltiplos ângulos e pontos da nova área de computação social móvel.

A dinâmica da participação do utilizador na computação social também é apresentada. Finalmente, em anexo são apresentados dados empíricos extensos. A pesquisa indica que parece haver uma diferença regional no uso da computação social. Os países asiáticos lideram com mais de 50% de utilizadores da Internet em todas as aplicações, seguidos pelos EUA (com cerca de 30% de utilizadores de Internet) e pela Europa (com cerca de 20%).

A análise mostra que a criação, uso e adopção das aplicações de computação social tem vindo a crescer fortemente desde 2003. O tamanho da blogoesfera duplicou a cada 5-7 meses, e mais de 100.000 blogs são criados diariamente. Mais de 1 bilião (não sei se 1000.000.000 se 10 elevado a 12) de fotografias (1 milhão por dia) 40 milhões de vídeos criados pelos utilizadores (70.000 por dia) são carregados para sítios de partilha de fotografia e vídeo. São criados 10 biliões de objectos por utilizadores do Second Life e a social tagging está em crescendo com milhões de fotografias legendadas no Flickr ou vídeos no YouTube (1 milhão de etiquetas adicionadas por semanha ao Flickr). Blogging, partilha de fotografia e vídeo, redes sociais, social tagging e social gaming espalharam-se rapidamente e um mínimo de 20-25% de utilizadores da Internet usam-nas na europa. Podcasting, contudo é usado por um número restrito de utilizadores da Internet (à volta de 2% dos utilizadores europeus da internet).

O crescimento na adopção de aplicações de computação social iniciou-se pelos utilizadores jovens da Internet. Mais recentemente, contudo, novos grupos de utilizadores estão a emergir que não são constituídos pelos tipicos adoptantes pioneiros das tecnologias de informação e comunicação: mais e mais mulheres e pessoas mais velhas estão a começar a usar as aplicações de computação social. Na Europa um aumento significativo do uso de sítios de partilha de vídeo vei-o quando as mulheres e pessoas com idades compreendidas entre os 50-64 (os designados por "Surfitas prateados") o começaram a fazer. Esta tendência pode indicar que a difusão da computação social está a entrar numa fase de maturidade que segue um período de crescimento exponencial. Isto também é confirmado pela observação das curvas de crescimento exponencial do uso da computação social começam a nivelar-se. Este abrandamento pode contudo ter outras causas tais como a fadiga tecnológica ou o facto de que a novidade destas aplicações estar a desaparecer. Outra razão poderá ser a passagem de utilizadores de plataformas conhecidas de computação social para outras plataformas mais locais e de nicho. É necessária mais investigação para compreender melhor estas tendências.

Outra importante observação é que embora a participação dos utilizadores ser um aspecto chave nas aplicações de computação social, nem todos os utilizadores têm o mesmo grau e modo de participação. A generalidade dos utilizadores tendem a free riders' isto é, usam conteúdo de computação social criado por um pequeno grupo de utilizadores nucleares (os "criadores"). Estimamos que só 3% dos utilizadores da Europa sejam "criadores" isto é, criam blogs ou artigos da wikipedia, ou carregam vídeos gerados pelo utilizador para o YouTube ou fotografias para o Flickr. Cerca de 10% de utilizadores dão feedback (colocando comentários em blogs ou em críticas), partilham conteúdo no Flickr, YouTube e etiquetam conteúdo no deli.cio.us. Um terço dos utilizadores da Internet (30%) usam conteúdo de computação social - por exemplo, leiem blogs, vêm vídeos gerados pelos utilizadores, ouvem podcasts e visitam wikis ou visitam e utilizam redes sociais. A simples leitura ou utilização de conteúdo social pode deixar traços que podem ser usados (anonimamente) como meio de partilha de preferências e interesses (praticamente 100% dos utilizadores da Internet).

Além disso, a intensidade de uso destas aplicações é muito diversa. As pessoas levam a cabo um conjunto alargado de actividades, isto é, podem ser "criadores" e ao mesmo tempo 'free riders' isto é alguém que escreve um blogue pode também visitar uma rede social ou ouvir podcasts. A Europa tem forças em tecnologias móveis e em conectividade móvel e tem a liderança do mercado de dispositivos móveis. Há, assim, a possibilidade de a Europa desenvolver mais serviços relevantes, aplicações e plataformas para o mobile 2.0. Há muita inovação a suceder na área da computação social móvel, onde emergem novos conceitos como por exemplo o mobile lifecasting, mobile socialcasting ou mobile lifestreaming. Video streaming a partir da Web é visto por muitos como a «next killer application» como serviços como a Kyte.TV ou Seeismic.

Enquanto cerca de 20-25% dos utilizadores da Internet na Europa usam aplicações de computação social baseadas nos computadores, a computação social móvel não parece seguir os mesmos padrões. A computação social móvel só foi adoptada por uma pequena base de utilizadores embora haja provas do seu crescimento. Em países seleccionados da EU onde houve um inquérito (i.e. o Reino Unido, França, Alemanha, Espanha e Itália) só 2.6% dos utilizadores móveis acedem a redes sociais através dos seus telefones móveis e 5.5% vêm vídeos online. Os Teenagers são os mais activos utilizadores da computação social móvel.

São necessárias pesquisas adicionais quer quantitativas quer qualitativas para monitorar e compreender melhor a criação, uso e adopção de aplicações de computação social em períodos de tempo mais longos. Nova adopção, padrões de uso, incluindo o uso que as pessoas dão às tecnologias sociais como parte dos seus dia-a-dia. É também importante ver como é que as companhias, organizações e sector público estão a adoptar as aplicações de computação social e também a compreender melhor os impactos sócio-económicos do uso das aplicações de computação social. A pesquisa sobre computação social apresenta numerosos desafios. A computação social é um alvo em constante mudança, com tecnologias, mercados e comportamentos dos utilizadores de evolução rápida que surgiram e se desenvolveram todos nos últimos anos. O problema da medida é um dos cruciais, em particular no contexto das implicações informadas em política. Embora o relatório tente fazer uma análise crítica das melhoras fontes de estatística e dados disponíveis ao público sobre computação social que poderiam aumentar a validade das descobertas, há uma necessidade para melhores e sistemáticas medidas e dados comparáveis internacionalmente.

20 setembro, 2008

Afinal não era ali

A notícia importante encontra-se aqui

19 setembro, 2008

Notícia importante

Ver últimas notícias aqui!

14 setembro, 2008

As patentes loucas de TOM GIESLER

Este é um dos locais onde não vou com frequência, completamente encharcado.

Erin McKean

...não ... uniformes...

Superfícies Algébricas

Quando alguém disser lhe disser que o/a (x2+9/4y2+z2-1)3 - x2z3-9/80y2z3=0, o que é que poderá querer dizer. Aqui as superfícies algébricas ganham vida: Galeria de superfícies algébricas

Terra

Pálido pontinho azul

11 setembro, 2008

eLivros de dupla versão

Parece que começa a pegar a moda dos livros em duplo formato, num formato on-line e no formato de papel. No primeiro formato alguns deles são de consulta gratuita. Entre esses destaco dois livros publicados pela digital culture: The Hyperlinked Society: Questioning Connections in the Digital Age, constituído por uma série de ensaios e o editado por Joseph Turow and Lokman Tsui The Best of Technology Writing 2007, editado por um jornalista Steven Levy, o qual pode ser visto numa das conferências authors@google:

09 setembro, 2008

PhDComics vai ao CERN

Não sei se é para preparar a cobertura mediática que amanhã hoje provavelmente não iremos conseguir escapar: agora até em Banda Desenhada

A BBC radio 4 vai fazer programação especial. Aparecendo sempre mais uns quantos

Podem ainda ver o webcast do próprio CERN só é pena ser um objecto vídeo não standard.

O champanhe já correu. Parece que as pessoas estão mais descansadas após os primeiros sinais a aparecerem nos ecrãs na sala de controlo, depois de terem tido alguma fuga de frio que entretanto foi resolvida.

Quem quiser pode dar um salto e ver fotografias tiradas por uma webcam a cada meia-hora.

Chatice esta estrada entrada (nota mental, não deixar o corrector ortográfico corrigir sem ser para a palavra correcta) foi preparada ontem e só agora reparo na data de publicação.

Dupla chatice. Uma pessoa tem colegas extaordinários e não o percebe.

Coimbra Barcamp 2008 - Ou o fim dos one-liner, talvez?

Este fim de semana estive presente no Barcamp Coimbra 2008, havendo alguma diversidade (2 salas em paralelo) de escolha sobre o que fazer. Como em qualquer Barcamp a agenda tinha um carácter algo aberto, tendo alguns dos oradores (participantes mais activos que eu) bisado em relação ao ano passado.

Encontrei-me com algumas pessoas que não conhecia, algumas que já conhecia e muitas que admiro dos meus passeios virtuais pela net.

Desta vez não cheguei com nenhuma antecedência ao evento, só lá cheguei depois das apresentações. O Barcamp deste ano pareceu-me algo mais pobre que no ano passado e com pouca novidade será do envelhecimento dos organizadores quando a barriga começa a pesar (note-se não é nenhuma piada ao Tiago, eu próprio não sou nenhum modelo de magreza só tenho este ano mais 8 kg do que o ano passado na minha idade nada apropriado). Parece que se está menos ágil. Bem sem que o Barcamp é produto da carolice de um grupo de bravos do centro, mas isto não chega como explicação pelo menos na aparência, mas que sei eu eu sou Moita Flores (como indicava o Pedro Cavaco)

A primeira palestra a que assisti foi uma intervenção do Ricardo Mestre sobre fundamentos de Scrum. Uma das perguntas efectuadas enquanto assisti foi como implementar Scrum em orçamento fixo (eu responderia se usar um orçamento de queda de água, ganhando muito dinheiro à conta da maior produtividade). A apresentação do Ricardo ultrapassou de longe o tempo inicialmente previsto de 1h 30 para cerca de 4h onde raio foi parar a atitude scrum (que raio de sprint foi este que em vez de durar 1h 30 durou 4 horas, com esta benchmark chegar-se-ia à situação de se dizer que a velocity tinha sido só de cerca de 38%, way off marks) da estimada, a sprint seguinte teria que ser convenientemente avaliada (aprende-se com os erros).

A segunda palestra a que assisti e onde me apareceram novidades, pois nada tinha trabalhado/lido/revisto sobre o assunto foi sobre XMPP, por Pedro Melo, um protocolo de comunicação assíncrona, que me leva a pensar que um problema que me foi posto há já algum tempo (mas sem pressa imediata) se calhar terá uma solução mais fácil do que eu imaginaria. Os meus parabéns ao Pedro, apresentação muito boa.

Assisti depois a uma palestra do Celso de que francamente não gostei parecia demasiado mal preparada, género, é necessário encher um pouco mais o quadro de palestras que isto está demasiado vazio, pode ser erro meu, poderá ser uma mera dificuldade congénita portuguesa de apresentar ideias em público. Esta falta de geito que se encontra neste mesmo blogue que frequentemente parece deixar argumentos a meio e ter um fio de raciocínio algo quebrado.

Mas voltando à falta de preparação da apresentações, numa palestra sobre RDFa o Bernardo Raposo claramente não soube explicar de forma convincente quais as vantagens que se poderiam extrair de uma rede semântica, melhor dizendo do uso de RDFa, na resolução de problemas, indicando que tipo de problemas, que ultrapassassem a mera cosmética e que não pudessem ser resolvidos por exemplo por microformatos. Esta conferência adormeceu-me praticamente, nem consegui acompanhar a palestra do Alcides e senti-me como o garoto que foi apanhado a dormir na aula, eu nem ouvi a pergunta a que respondi que não sabia, deveria ter dito é que não estava lá a não ser em corpo a mente tinha desligado na palestra anterior.

A palestra do André Luís foi muito boa, «que fazer com o perfil de atenção dos utilizadores que navegam até aos nossos sítios» e na sua síntese com a qual não concordo inteiramente de que RDF poderá ser a resolução de problemas no futuro (teórico) versus um presente com resolução com os microformatos.

Patrícia, designer freelancer fez uma simpática apresentação com fundamentos de design para a web, apresentando princípios de conjugação de cores, tipografia e interacção.

Pedro Custódio, orador repetente, em alguns casos brilhante, noutros, com algumas muletas, como a sistemática desculpa «... esta apresentação baseia-se numa formação que tive...» ou ainda a do exemplo que para mim qualquer dia vira mito urbano do «... e a firma aumentou 40 milhões ...». Já agora para a sessão ser mesmo boa só faltou o arroz e o tubo das lapiseira ou em alternativa o cartão perfurado e uns elásticos dos anos 60. As instruções para se fazer algo, são mais simples quando acompanhadas de desenhos bastante melhores do que os meus. Os da apresentação do Custódio pareciam-se com os do Jorge Colombo, a despropósito um dos fulanos a convidar para a SHiFT para um dos próximos SHiFT na minha opinião.

O Bruno Amaral falou do lançamento do Lisbon Social Media Café, em Lisboa, ao pé da Estátua de Fernando Pessoa como homenagem à Geração d'Orpheu feito um pouco à imagem do London Social Media Cafe. O Bruno Amaral é um estudante(?) de comunicação e mesmo ele não parecia ter estudado a lição a fundo. Parece-me que escreve mil vezes melhor do que quando comunica oralmente. Tem alguma dificuldade na leitura que faz da plateia que tem à sua frente dificuldade essa em mais do que um nível.

Num público claramente orientado por um grupo que tenta gerar já há alguns anos alguma movida social sem o conseguir ligada à Web ao propor um potencial concorrente (eu diria que são complementares, mas em meio tão pequeno como o nosso pode ser que sejam mesmo concorrentes) às idas ao Irish Café ou ao Peter's, num meio que claramente não gosta do diverso que não controla.

O Bruno deveria talvez contactar um pouco mais com pessoas que andam pelas comunidades de prática antes de fazer a apresentação pública do seu projecto para se perceber melhor a sua ideia. Eu gosto muito de tertúlias orientadas, não meros convívios para meia dúzia de larachas mas algo mais focado, tenho pena que agora o meu tempo tenha infelizmente outras prioridades.

O Frederico Oliveira está cada vez mais na onda David e agora o que é importante não é tanto o código mas sim que as empresas inovem, estejam em mudança, para não morrerem. O à vontade para fazer apresentação a um público jovem é clara.

Comentários finais

Uma das coisas que falha em mim é a ausência de coragem para me expor (falta de scrum guts) apresentando algo, porque essa é realmente a única forma de se aprender a falar em público e claramente eu fui sempre um rapazola de bastidores e nunca de palco. Quem ganha coragem para apresentar, talvez tenha que preparar melhor as suas apresentações, fazer um pouco mais de pesquisa, não basta fazer um corte e cola de algo que se encontra disponível na net. No entanto esta geração mais nova não tem tanto medo de falhar como a minha, acha e com alguma razão, que é preferível tentar e falhar, sempre que falhar voltar a tentar, melhorando até ter sucesso. Por outro lado não tolera momentos menos felizes nos outros.

Houve alguém em quem muitos oradores resolveram ver o bo(m)bo da festa, Moita Flores, devido ao seu comentário sicariano. Ao contrário de muitos dos presentes o que Moita Flores fez foi mandar uns bitaites, como qualquer mortal comum, sobre um assunto que manifestamente não domina (não conta saber ler e escrever ao computador) e ter escorregado ao comprido, aliás nenhum dos presente nesse comentário esteve particularmente brilhante ao falar sobre o assunto. Acho que o grande problema é que os presentes em Coimbra se julgam especialistas na área aí tratada e acham que o que Moita Flores disse é sem fundamento, pois eles próprios, especialistas, não têm nada a haver com o fenómeno aflorado por Moita Flores. No entanto seguramente tal como eu já mandaram muitos bitaites sobre muitas coisas das quais praticamente só conheciam os nomes ou mesmo só as siglas.

Cern amanhã

Por vezes quando um leigo numa determinada matéria faz uma simplificação (por vezes excessiva) para facilitar o entendimento por outro leigo, num comentário ou texto, períto na matéria vê um verdadeiro atentado à sua área pericial. É um pouco como tentar explicar em linguagem simples que a probabilidade de um buraco negro gerado no CERN no LHC a partir de amanhã engula a Terra é tão baixo, mas tão baixo, que é várias ordens de grandeza mais pequeno do que uma pessoa se vaporizar ao fazer a barba (5 ordens de grandeza se não estou em erro) (nota: isto é uma explicação de leigo sobre o assunto), cá estou eu a dar uma de Moita Flores.

Obrigado aos organizadores (agora um pouco de graxa, aos patrocinadores) e aos patrocinadores por terem proporcionado um fim de semana rico.

01 setembro, 2008

Do Tamanho natural até ao átomo

Um pedaço de aço desde o seu tamanho natural até ao átomo Um pedaço de latão E da mesma série eis um exemplo biológico Dentes desde o seu tamanho original até aos átomos