Web,ruby, Ajax ou qualquer outra coisa que me venha a cabeça (com prioridade para esta última)

17 setembro, 2021

2 anos beras

 Este último ano e meio tem sido difícil a nível pessoal. Este ano a situação de pandemia acrescentou um elemento de tensão em dois dos meus irmãos que já não são simples.

Até há 2 anos e meio, conseguia ler com alguma regularidade durante cerca de uma hora a duas horas por dia. Após o falecimento do meu pai tive alguma dificuldade em concentrar-me. Praticamente só lia algo técnico ou quando o não era, tinha que ser com a profundidade de uma twitada, ou seja, com profundidade nula. Imagem ou vídeos idiotas eram as únicas coisas que conseguia ver.

Há já uns meses voltei a ler em quantidade e qualidade razoável. Uns quantos livros de divulgação científica, alguns livros de história, alguns policiais, poucos romances e ficção científica e uma dose razoável de revistas sobre os mais diversos temas (automóveis, tecnologia, ciências, informática, agricultura, colecionismo, etc.). 

Nas revistas tenho que admitir que vou fazendo praticamente uns quantos «toca e anda» não investindo muito tempo em nenhuma. Ainda não voltei a ver cinema, nem teatro, nem ouvir música nos sítios apropriados.

No entanto continuei a adquirir livros, revistas e alguns DVDs. Admito que gosto demasiado dos meios digitais, mas não prescindo de alguns meios físicos. 



10 setembro, 2021

Pantalha

Esta pantalha 


Quando era miúdo por vezes (isto quer dizer sempre que tinha oportunidade) ia "chatear" o pessoal do centro de mecanografia (tradução para os mais novos centro de informática dos anos 60) e nos dias com mais tempo livre o chefe do centro mostrava-me uma maquineta para ordenar os cartões perfurados. Ele dizia que classificava pela cor da tarja superior, depois vim a perceber que tinha a ver com a perfuração.

Outra das coisas que mostrava/imprimia era a história em ascii (no caso devia ser apropriadamente designada por bcd) art do elefante chatear muita gente, mas um visitante chatear muito mais (com algumas variações).

Esta pantalha parece uma evolução para os tempos modernos.

08 setembro, 2021

Doutores da Mula Russa (a mula afinal parece indiana)

 Não tenho muito jeito para contar estórias, esse jeito ficou praticamente todo para o meu irmão mais velho, já falecido, mas vamos a isto

Há uns anos, poucos, uns conhecidos nossos de origem indiana pediram-nos para traduzirmos um curriculum vitae da mulher de um deles que nos disseram, orgulhosamente, ser enfermeira.

Lemos o curriculum e só vimos uma formação média, com frequência de cadeiras relacionadas com religião e caligrafia, contabilidade e nada daquilo que esperávamos num curso de enfermagem. Dissemos aos nossos conhecidos se queriam que traduzissemos o curriculum.

Pouco tempo depois ocorreu o divórcio, a mulher foi devolvida à família original (parece algo saído do século XIX). Nada nos foi dito sobre as razões.

Há uns dias estava a lêr um livro sobre economia e fiquei a saber que a rapariga até tinha sido bastante modesta, pois na Índia parece ser relativamente comum alguém sem formação superior envergar uma bata branca, usar um estetoscópio e alguns medicamentos básicos e abrir consultório.


Da dificuldade inerente a aprender algo a sério

 A programação é uma atividade difícil. Aprender a programar exige tempo considerável, como qualquer atividade complexa. Não há volta a dar-lhe. Se começar do nada e estiver a pensar em tornar a programação a sua carreira, de modo a tornar-se num perito de software, isso obriga a muitos esforço e dedicação.

Não há outra escolha. Se desejar tornar-se num programador terá que aprender coisas, durante muito tempo.

A boa notícia é que normalmente só toma tempo. Não há requisitos base especiais.

Não necessitamos ter capacidades específicas ou sermos jovens, como necessário em atividades fisicamente intensas.

Não precisamos de equipamento muito sofisticado, basta um laptop e uma ligação à internet.

Como é uma atividade com muitos abandonos se estiver disposto a dar o litro todos os dias estará em vantagem sobre a generalidade do resto das pessoas.

Aqui poderá intervir alguma paixão de modo a gastar todos esses momentos ao computador. Poderá suceder que no início não tenha nenhuma paixão e que esta apareça no decorrer desses momentos de aprendizagem.

Pode levar algum tempo até aparecem resultados, mas acabaram por aparecer. O importante é o processo para serem alcançados. Estes resultados surgem após um investimento de tempo adequado.

Sobre desligar algum tempo da incessante actualização

Hoje ao ler o artigo «I completely ignored the front end development scene for 6 months. It was fine» acabei por só me rever parcialmente no mesmo. No início da nossa profissão como quem desenvolve aplicações informáticas sentimos e gostamos de alguma pressão para aprender novas tecnologias, quer para a web quer para qualquer outra situação.

Eu, por exemplo, comecei por aprender a programar em BASIC, seguido de COBOL seguido de FORTRAN. Aprendi ainda a trabalhar com uma base de dados básica, DBASE II e DB2 (uma em ambiente PC a outra em mainframe. Ao fim de alguns anos tinha aprendido algumas linguagens de programação adicionais, mas quanto a bases de dados só evoluí nas respectivas linhas sendo que no caso da DBASE saltei para o Clipper.

Depois segui a corrente, linguagens, frameworks diversos ao longo de alguns anos. Finalmente por razões familiares fiz um interregno extenso. Tendo terminado esse interregno fui espreitar o panorama atual. Já percebi que tenho que deixar as generalidade e a tentativa de abarcar um leque alargado de ambientes/linguagens/ferramentas para voltar a ser minimamente produtivo. Algumas coisas estão mais simples, outras estão mais abstratas e nalguns casos muito mais complexas. Ei de chegar lá com algum esforço.