Hoje num artigo do Luís Silva sobre um sistema de detecção precoce de carcinoma nos pulmões ele dizia que a sonda cerne da questão tinha sido desenvolvida não por uma equipa portuguesa mas por uma equipa israelita. Fiz uma pequena observação sobre o assunto. Este artigo contudo fez-me lembrar o interruptor desenvolvido Castelhano e Ferreira, empresa em que trabalha o Eduardo Luís. O Eduardo Luís descreve como desenvolveu a ideia a partir de um candeeiro, depois de lhe aplicar o método da ifixit aqui aplicado a uma Nikon D5100.
Por vezes inovar é ser fortemente inspirado por aquilo que já existe à nossa volta não é propriamente voltar a conceber a roda.
Quando estava a elaborar este artigo surgiu-me na minha corrente do Twitter um trinado sobre uns ecrãs transparentes com tecnologia desenvolvida pela equipa de Elvira Fortunato dando-os como ultrapassando tecnologias existentes no mercado. O tom pareceu-me no extremo oposto demasiado positivista para tão pouca carne, o completo oposto do tom (francamente não sei se ele não tem razão) do Luís Silva, algo que também me parece excessivo pois quando se desenvolve algo nunca se pode ter a certeza de bom resultado excepto quando lá se chega.
2 comentários:
Amigo CAfonso,
Atencao que, tal como tu disseste no meu blog, eu nao ponho de parte a possibilidade de Portugueses terem desenvolvido algo novo!
A questao e que a noticia do IOnline induz as pessoas em erro e faz-nos pensar que foram Portugueses quem tiveram a ideia por tras do sensor e nada nos da a entender que ate existem outros (e isso e o que me choca).
Abraco,
Luis Silva
Realmente nada é feito no vácuo, por vezes mesmo algo que nos pareça à primeira vista inovador género controlar uma personagem projectada numa parede usando um picoprojector acoplado a um smartphone tem percursores na laterna mágica e claro em todas as tecnologias de base ao caso.
Como reparas eu até digo que não sei se não tens razão (não digo não sei se ele não terá algumarazão). O jornalismo é de tão má qualidade que assunta, embora um pouco melhor que as relações públicas, que parecem não existir, das universidades e laboratórios de investigação nacionais.
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