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07 março, 2009

Erros em jogo didáctico

Os erros detectados em jogo didáctico no Magalhães podem ser mais perigosos para a cultura do que a concentração de investimento que representa ser entregue um Magalhães a uma parcela significativa das crianças em idade para a escola básica. Parece que uma parcela que não o vai ter é a parcela das pessoas com deficiência, algo que não abona favoravelmente em relação ao projecto do e-escolinha e a profusão de sinais do buraco de fechadura em sites públicos, mais conhecidos por ícone de acessibilidade, que claro não existem no site de tal projecto. Volto no final ao site do e-escolinha.

Ontem o meu irmão mais velho passou na tabacaria que me abastece de jornais e revistas, trazendo com ele a Ler de Março, nela, logo na capa, como "teaser" embora fora de contexto cita-se António Barreto dizendo: «O Magalhães é o maior assassino da leitura em Portugal». E António Barreto ainda não sabia desta notícia, mas claro que ele não se referia ao tal programa cravejado de erros.

Os erros detectados levam-me a pensar que seria interessante lançar um projecto de revisão de traduções em programas/manuais/artefactos "open source". O tal programa cheio de erros era uma "tradução" de um programa efectuada por um amador que não foi auxiliado com uma revisão em forma. Os erros eram na maior parte dos casos verdadeiras calinadas detectáveis com uma leitura cursiva. Houve, talvez, excesso de voluntarismo e demasiada boa vontade por parte do tradutor. Tive um colega de trabalho que tinha nascido em França, filho de emigrantes, que dava o mesmo tipo de erros sempre que era necessário escrever ou falar. Tecnicamente era brilhante, mas junto de um cliente não podia abrir a boca pois quando o fazia chegava a dizer o contrário do que o que queria dizer.

Voltando ao site do e-escolinha fico espantado com os «créditos e informação técnica»:

«Esta aplicação foi desenhada para monitores com uma resolução de 1024 x 768 pixels, nos quais pode ser utilizada em modo kiosk (F11). Segue as recomendações W3C, sendo estável nos browsers que as implementem. Testada nas versões de 2006 dos browsers Internet Explorer(recomendado), Firefox e Netscape para Windows.

Numa aula de Religião e Moral no meu primeiro ano do ciclo (o equivalente ao 5º ano actual, o nosso professor, um padre pede-nos um dia para fazer-mos o sumário da aula. Cerca de 40 por cento dos alunos faz um sumário com todos os pontos tratados nessa aula, mas nenhum (incluindo eu) tem nota positiva pois o sr. padre nos informa que estão todos errados pois a ordem não tinha sido aquela que os nossos enunciados dariam a entender. Ou seja estava errado um sumário que não reflectisse todos os pontos tratados e na ordem correcta. Neste «Créditos e Informações Técnicas» começo por não ver créditos de nada, seguindo-se informação técnica algo resumida e incorrecta. Dizer que se seguem as recomendações do W3C sem especificar quais é como dizer que se seguem os regulamentos aplicáveis, sem dizer quais, depois fala de um modo kiosk sem usar a expressão quiosque e termina com a pérola de recomendar o Internet Explorer e de nem sequer indicar como SO linux mesmo tendo o Magalhães uma distribuição Caixa Mágica.

Já agora no tal site não há separação entre "browser" e a palavra que se lhe segue: "que". Parece que nem uma revisão ao site fizeram.

. Que forma estranha de facilitar a acessibilidade à literacia em tecnologias de informação. Já apetece usar uma expressão do género. Porreiro Pá, não confundir com pó c...

Voltando ao jogo, se calhar têm que o usar na actual versão como meio de como não escrever. Género hoje a actividade é detectar o máximo número de erros, ortográficos e gramaticais num jogo...

Duas pequenas notas: falhar é bom e gcompris corrigido.