Web,ruby, Ajax ou qualquer outra coisa que me venha a cabeça (com prioridade para esta última)

30 julho, 2007

Concurso Agile - Vídeos

Para os agilistas que por aí andem há um concurso de vídeos sobre desenvolvimento Agile no youtube. Parece que até os bonecos dos legos gostam de desenvolvimento Agile.

Planeta Terra

Cem dias a comemorar fotografia: (seguem-se dois vídeos)

28 julho, 2007

Got API

GotAPI Este é um daqueles sítios que não posso chamar de cábulas mas é claramente uma grande referência para programadores.

div e span - II

Há uns poucos dias alguém comentava no meu artigo div vs span que gostava de conhecer um pouco melhor os elementos div e span. Eis uma primeira vista de olhos a esses dois elementos, claro está que para um melhor esclarecimento devemos recorrer às fontes do w3c.

div

Definição

As div são uma maneira genérica de agrupar áreas de conteúdo

Exemplo

O elemento div pode ser usado para criar o arranjo da página Web. O exemplo serve de apresentação à natureza de agrupamento do elemento div:


 <!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" 
 "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd">
 <html xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml" xml:lang="pt">
 <head>
 <title>Casa da Mata</title>
 <style type="text/css">
 navigacao {width: 200px; float: left;}
 conteudo {margin-left: 205px;}
 rodape {clear: both;}
 </style>
 </head>
 <body>
 <div id="cabecalho">
 ... [aqui deve ficar o anúncio e ou o logótipo] ...
 </div>
 <div id="navigacao">
 ... [aqui deve ficar o menu principal] ...
 </div>
 <div id="conteudo">
 ... [o conteúdo principal da página fica aqui] ...
 </div>
 <div id="rodape">
 ... [informação legal fica aqui] ...
 </div>
 </body>
 </html>

Boas práticas

O elemento div não contém significado semântico. É uma maneira genérica de agrupar áreas de conteúdo. Assim mesmo sendo permitido, pela especificação do XHTML, conter texto e elementos em linha considera-se melhor prática envolver texto e elementos em linha em elementos bloco com significado tais como p, ol, ul, dl, de h1 a h6, blockquote, etc. O exemplo seguinte mostra um enlace e texto e imagens dentro de um elemento div:


 <div class="bala semanal">
   <a href=   "/multimedia/interior/conteudo=408746">
       <img src="/armazem/ng1017428.jpg" class="chamada" alt="A semana em fotos">
       <br />
       <img src="/Comum/Imagens/2007/icone_fotog.gif" alt="" class="Icone">
       <p class="destaque medio">Fotogaleria</p>
       <br />
    ...
 </a>
  </div>

Note-se o uso de um atributo class na div com dois nomes.

span

Definição

O elemento span propicia uma maneira genérica de adicionar estrutura ao conteúdo. Trata-se de um elemento em linha

Exemplo

O elemento span pode ser usado com o uma maneira de aplicar formatação CSS ao conteúdo. No exemplo seguinte o elemento span no cabeçalho irá ter um fundo a ciano e o elemento span no parágrafo irá ter um fundo cinza.


 <!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" 
 "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd">
 <html xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml" xml:lang="pt">
 <head>
 <title>A Casa da Mata</title>
 <style type="text/css">
h1 span {background-color: cyan}
 p span {background-color: gray}
 </style>
 </head>
 <body>
 <h1>A <span>Casa da Mata</span> - É um descanso do guerreiro</h1>
 <p>A <span>Casa da Mata</span> foi construída como estalagem há 22 anos.</p>
 </body>
 </html>
 

Atributos

Atributos comuns

class
Este atributo atribui um nome ou um conjunto de nomes de classe a um elemento. Pode atribuir-se o mesmo nome de classe ou conjunto de nomes de classe a vários elementos. Quando se atribuir um conjunto de nomes os nomes devem ser separados por caracteres de espaço em branco. Normalmente usam-se nomes de classe para aplicação de regras de formatação CSS a um elemento.
id
Este atributo atribui uma ID a um elemento. Esta ID deve ser única no documento. Esta ID pode ser usada em guiões aplicados do lado do cliente (tais como os escritos em JavaScript) para seleccionar elementos ou para aplicar regras de formatação CSS ou para criar relações entre elementos.
text
Este atributo propicía informação auxiliar. Alguns navegadores irão apresentar esta informação em janelas de ponto. As tecnologias de assistência podem disponibilizar esta informação aos utilizadores como informação adicional sobre o elemento.

Atributos de internacionalização

xml:lang
Este atributo específica o idioma base dos valores do atributos de um elemento e do seu conteúdo textual.
dir
Este atributo específica a direcção base do texto. Este atributo pode tomar os seguintes valores:
  • ltr: da Esquerda para a direita
  • rtl: da Direita para a esquerda

Pode conter

  • Elementos em linha
  • Texto

27 julho, 2007

ruby-lang pt

Ontem estive à noite com o Joaquim, a sua namorada, o Francisco, o Pedro, e o João no Peters para o lançamento da versão portuguesa do sítio da ruby. Aquilo foi um mero evento social. Nele falou-se de tudo um pouco e a certa altura derivou-se para a forma como se gasta dinheiro, como há mesmo algum novo riquismo na forma de o gastar (Ver conta geral do estado).

Mesmo com esse nível de gastos podemos continuar a encontrar sítios como este: O sítio do Ministério da Cultura mostra o lado oposto uma pobreza franciscana (nenhuma referência ao Francisco) nos seus código e conteúdos.

Parece que o sítio foi concebido por um imberbe em desenvolvimento de sítios web, talvez até esteja a criticar a pessoa errada. Talvez me esteja a equivocar e a acusar o trolha de não saber de electricidade (como o da manutenção do semáforo).

Tenho que admitir que não esperava ver código com <font... ou <b num sítio oficial. Claro está que isto é um sítio com tabelas para tratar de arranjos.

Além da pobreza do código, a pobreza dos conteúdos é fantástica. Por exemplo fui ver a agenda, hoje 27 de Julho apresentam como destaques dança, música, exposições e teatro. Na dança destacam algo sucedido em 21 de Julho, algo que já não pode ser apreciado ao vivo. Tudo bem, será que tinham algo sobre as reacções do público ao espectáculo, não, isso seria demais.

Fico parvo quando veja que o estado gasta uma pipa de massa a auditar sítios oficiais, ou a tarefa encomendada aos auditores é algo que não gera alterações ou estão a auditar algo errado ou a própria auditoria enferma de defeitos ou uma combinação disto, não sei.

Acho que um dia destes crio um pastiche do site só para experimentar. Não parece muito difícil. O único problema é que aquilo parece tudo reles, uns botões animados que já ficavam mal em 1999.

26 julho, 2007

Off-Topic

Sempre gostei de uma boa estória e esta conta-se em poucas linhas.

Há uns anos a minha irmã mais velha dava aulas. Tinha hábitos fora do vulgar. Um dia resolveu levar um leitor de cassetes e uma k7 com a 5ª Sinfonia. Momentos depois de iniciar a aula surge um rapaz a transmitir um pedido do Sr. Prof. Caeiro, para baixar a música pois não conseguia dar a sua aula. Uns minutos depois aparece o mesmo rapaz a pedir para subir o som pois os alunos não conseguiam suportar a aula do Sr. Prof. Caeiro.

Isto é resultado da "minha" comemoração da alta da minha irmã. Boas vindas.

Planet I18n

O planeta i18n foi lançado pela actividade de internacionalização do w3c. Neste planeta surgem entradas de blogues (que exprimem as suas próprias opiniões) de todo o mundo sobre o que vai surgindo de interessante na área de internacionalização. Por exemplo, surge um artigo do blogamundo sobe Idioma perdido na agregação (como a de um planeta).

Como a internacionalização é tema central do ILG do WaSP tento (nos últimos 3 meses isto não tem sido verdade) acompanhar o que vem sendo escrito sobre este assunto. Este agregador vem ajudar nessa tentativa de acompanhamento.

i18n vem dos 20 caracteres da palavra inglesa internationalization menos os dois caracteres i e n (inicial e final).

Suporte Mozilla

A Mozilla está a criar um série de artigos sobre o funcionamento do firefox. Esperam que os candidatos a autores se autoproponham.

23 julho, 2007

Rake - Um Ajudante da Automatização das Tarefas

Necessita de automação? Use Rake ou Sake!

Para quem não conheça o Rake é uma linguagem de domínio específico escrita em Ruby.

Neste artigo vou introduzir a rake e descrever algumas pistas para automatização de tarefas repetitivas que se fazem no dia a dia.

Teoria

A Rake foi desenvolvida por Jim Weirich e baseia-se em Ruby, o que quer dizer que temos acesso completo às capacidades da Ruby de dentro da Rake. A Rake não está limitada aquilo que conhece em ferramentas similares é muito mais poderosa e flexível (isto é aliás um sinal de perigo).

A Rake funciona à base de dependências. Quando se escreve um guião Rake iremos dizer-lhe que uma dada tarefa depende de outra e assim sucessivamente. Deste modo podemos construir uma receita completa para explicar como fazer as coisas e a respectiva ordem de execução.

Como a Rake é construída em Ruby podemos fazer o que quisermos nas suas tarefas:

  • manipular ficheiros
  • compilar os nossos programas
  • limpar o nosso (do computador claro) sistema de ficheiros
  • gerar esqueletos de aplicações
  • e ainda muito mais

Primeira Tentativa: Adicionar uma tarefa e fazer com que seja executada por omissão


task :default => [:ola]
desc "Esta é a nossa primeira tarefa"
task :ola do
  puts "Olá! Sou a primeira tarefa escrita por nós!"
end

desc "Execução de Teste"
task :test do 
  require 'rake/runtest'
  Rake.run_tests 'tests/*.rb'
end

Na primeira linha dizemos ao rake que a nossa tarefa por omissão, a que é chamada quando usamos rake na linha de comando sem aditivos será a tarefa designada por ola. Pode ainda tentar chamar-se explicitamente essa tarefa usando o comando rake ola

Depois na linha seguinte descrevemos a tarefa que vamos executar. Esta descrição irá ser impressa quando usamos o comando rake -T para ficarmos a saber quais as tarefas disponíveis no nosso Rakefile.

Finalmente definimos a nova tarefa ola usando a palavra chave task. Aquilo que colocamos dentro da tarefa é código Ruby perfeitamente normal.

A Rake oferece algumas capacidades de manipulação de ficheiros, criação de gemas e coisas que tais. Deve ler a sua API para mais informação.

Usamos essas capacidades para a tarefa testes ao carregar a biblioteca distribuida com a Rake e chamando um desses métodos. Por exemplo estamos a carregar a biblioteca runtest e executar cada ficheiro de teste que se encontre na pasta de "tests".

Encadear tarefas


task :carregar_ficheiros do
  # fazer o carregamento
end

task :ligacaossimbolicas => :carregar_ficheiros do
  # criar ligações simbólicas do lado do servidor
end

task :instalar => :ligacaossimbolicas do
  # instalar a última revisão do nosso projecto
end

Agora temos uma série de tarefas que podemos usar. Se escrevermos rake instalar, essa tarefa irá chamar a tarefa ligacoessimbolicas que depende da tarefa carregar_ficheiros. Assim a Rake irá executar a tarefa carregar_ficheiros em primeiro lugar, depois a tarefa ligacoessimbolicas e depois instalar.

É assim que pode encadear tarefas e assegurar-se que todos os passos exigidos são executados antes de executar o que está a pedir ao Rake.

Conclusão

Se começar a usar Rake para automatizar as suas tarefas rapidamente compreenderá que é uma ferramenta poderosa e fácil de usar. Uma das coisas mais interessantes é que a Rake foi construída em Ruby e que Ruby pode correr em qualquer sistema operativo. Claro que saber Ruby irá ajudar a aprender realmente a usar a Rake e a escrever a suas próprias tarefas simples mesmo que seja s o um principiante em Ruby.

A Rake não é só para utilizadores de Ruby, pode ser usada para montar programas em C, limpar o sistema de ficheiros, instalações, administração das suas bases de dados, ...

19 julho, 2007

Os Desafios dos Navegadores

Mozilla, produtores (talvez seja um termo excessivo) do firefox possuem disponível e visível uma lista de desafios que podem vir a encontrar dos seus concorrentes (do firefox)

3 sítios conformes as WCAG 1.0 A

A nomensa foi contratada pelas Nações Unidas para efectuar uma auditoria de acessibilidade Web a nível mundial. Nessa auditoria foram, passe o pleonasmo, auditados 100 sítios em 20 países e todos apresentavam inconformidades em relação às WCAG 1.0 embora 3 (governos) passassem o nível básico de verificação.

Os sítios analizados incluiam as seguintes áreas:

  • Companhias aéreas,
  • bancos,
  • imprensa,
  • política e
  • lojas

A Internet Crachou

Neste vídeo a *NN "informa" que a Internet Crachou.

18 julho, 2007

A Obra do Frei Gil

Este mês o Planeta Geek apoia a Obra do Frei Gil instituição que acolhe crianças e jovens em risco. Quem desejar ajudar poderá efectuá-lo divulgando esta acção ou fazendo um donativo conforme informação que podem encontrar na página acima assinalada.

12 julho, 2007

Open XML - Aberto para a asneira

A vantagem de escrever uma norma com participação de várias entidades é evitar fazer asneiras como a abaixo descrita: Nas funções trignométrica da Open XML SIN (Part 4, Section 3.17.7.287), COS (Part 4, Section 3.17.7.50) e TAN (Part 4, Section 3.17.7.313) esqueceram-se de indicar se os seus argumentos são ângulos expressos em radianos ou graus. (ligação para a fonte original de Rob Weir. Nessa peça pode encontrar outras limitações à interoperabilidade do OOXML por omissão de definição de vários aspectos de determinadas fórmulas e funções ou por uma especificação algo fora do vulgar. O outro aspecto estranho desta especificação é o seu volume.

02 julho, 2007

A reboque

Que raio de Geeks somos quando para vermos isto tenho que ver na internActu.

P.s. ó MG desculpa lá ir a reboque do tema do dia. E parece que estava a dormir quando dei o nome à entrada anterior.

Que futuro para as democracias

Introdução

Que uma pessoa seja ignorante sobre determinado assunto é razoável. Que uma pessoa ignorante sobre determinado assunto elabore uma resposta apressada quando exerce um carga público significa que além de ignorante sobre o tal assunto é também inapta para a vida pública.

Este entróito serve para dizer que quando um dos pilares de uma democracia, o pilar judicial, tem um inapto digital que se atira de cabeça e responde como fez o actual Procurador da Republica sobre conteúdos existentes em blogues temos um dos pilares da democracia em má forma. Então porque não eu também atirar-me ao assunto, o futuro da democracia, e paciência se me espalhar ao comprido. A minha audiência é muito menor e a minha capacidade de influenciar também.

O mundo encontra-se numa encruzilhada algo complexa e perigosa e julgo que a Internet pode ser uma ferramenta importante para reduzir esse risco e essa complexidade. Acredito no poder de pessoas comuns comunicarem umas com as outras poder ajudar na resolução de alguns dos problemas

Democracia e Liderança

Se democracia é uma forma de poder então alguém o exerce. Quem serão os líderes do futuro? Serão pessoas medianas como nas democracias estabilizadas no mundo dito ocidental ou serão os líderes locais dos novos aglomerados do tipo de bairro da lata que são os locais com maior aumento populacional no planeta como diz Steward Brand. Pessoas com preparação académica reduzida ou nula, mas que mesmo com esses baixos conhecimentos académicos mostram capacidade de organização para gerirem o sistema de cobrança de água em fontanários público em Luanda num projecto acompanhado pela Águas de Portugal para a EPAL - EP )ou que criam autarquias na Turquia com casas construídas de noite, que não podem ser deitadas abaixo a não ser com o devido processo judicial e que quando o aglomerado atinge as 2000 pessoas podem pedir para formar uma autarquia. (Robert Neuwirth: "shadow cities"). Ou ainda o caso da biblioteca de Backul que foi formada graças a um grupo de 1000 pessoas que doaram livros.

Liberdade ou autoritarismo

Nos últimos tempos temos vivido em Portugal com expressões por parte de alguns dos nossos governantes no mínimo inusitadas. O ministro da saúde deu uma entrevista a um jornal. Nessa entrevista disse (parece algo displicente) que nunca tinha ido nem tencionava ir a um SAP. A mim parece-me que se o ministro da saúde acha que o serviço prestado por esses organismos públicos sob a sua alçada não é adequado ao fim a que foram destinados tem algumas opções entre elas fechá-los e assumir as consequências ou alterar o seu funcionamento de forma a ser mais adequado (e até ele senhor ministro ficar seguro de valer a pena usá-lo ou ainda dimitir-se se for incompetente. Tentar tapar com a peneiro o sol é que parece ser algo estranho. Uma pessoa deve ser livre de emitir as suas opiniões (mesmo políticas) (salvo os casos em que a lei tenha um preceito expresso como no caso das forças armadas e dos juizes). Outro caso de falta de senso é quando um primeiro ministro processa alguém sem que se perceba claramente onde é que esse alguém tenha eventualmente mentido. Esta deriva contra a liberdade de expressão parece mais acentuada no PS que já tinha tido no passado a questão terravista. Parece que andamos com falta de liderança e excesso de arrogância.

Nos EUA existem grupos que advogam na defesa dos nossos direitos numa cultura digital emergente, será que não poderão nascer grupos destes em Portugal.

Alguns destes grupos acham mesmo que com a continuação de legislação restritiva qualquer dia será impossível a muita gente efectuar vídeos (os militares americanos no Iraque praticamente estão proibidos de o fazer usando as redes militares (e já acham um ataque à sua liberdade de expressão)) visto estar-se a pensar exigir por exemplo em Nova Iorque um seguro de um valor exorbitante que ainda por cima poderá ser usada (a exigência) de forma discriminatória.

A importância da imprensa como

O software livre é uma questão de liberdade: as pessoas devem poder ser livres de usar software da maneira que considerem mais apropriada desde que socialmente útil). O software livre é software desenvolvido e mantido em conjunto e qualquer pessoa pode usá-lo, copiá-lo, estudá-lo, modificá-lo ou melhorá-lo.

Mudança de atitude

Os problemas que são enfrentados no mundo e em Portugal exigem uma mudança de atitudes. Deixamos de poder entregar o poder (passe a expressão) aos nossos representantes esperando que eles tratem dos nossos assuntos. Quando em 1992 Severn Cullis-Suzuki discursou na Cimeira da terra, foi uma menina de 12 anos a dizer isso mesmo.

O vídeo acima tem legendas em português do Brasil.

Uma das entidades que tem procurado esta mudança de atitude é a WorldChanging que partiu da ideia de que já existem verdadeiras soluções para construirmos o futuro que desejamos, basta tratarmos das coisas por nós.

Responsabilização

O governador de uma província nigeriana foi preso em Londres por ter desviado alguns milhões de dolares. Após ter fugido vestido de mulher foi obrigado a resignar e foi preso na Nigéria. Disse-o a ex-ministra das finanças Ngozi Okonjo-Iweala.

Cada vez mais temos que ser exigentes conosco e com os nossos representantes. Será que entre 230 não há mais do que 5 blogueiros. Será que temos que fazer algo como o They Work For You.

Será que podemos (e eu diria deveremos) ler regularmente o que se passou na nossa assembleia municipal e ver onde foi gasto e onde se preve gastar dinheiro e outros recursos. Será assim tão exotérico este exercício.

Será que podemos criar/participar e grupo ou grupos (mesmo que informais) que queiram melhorar o meio onde vivemos. Por exemplo criar um site para colocar-mos as nossas promessas/visões para melhoria da nossa rua, do nosso bairro, da nossa cidade e do nosso país.

Será que não deveremos reclamar mais (por escrito e ficando com a respectiva cópia) para que mudem quer atitudes quer processos de trabalho. Há cerca de 1 mês estava a acompanhar o meu pai à área de Imagiologia do Santa Maria, uma senhora estava literalmente possessa por terem feito esperar o marido numa cadeira de rodas várias horas, tendo este que lhe ligar e ele ter que sair do seu local de trabalho para o fazer circular no hospital para a secção onde o estavam à espera pois não apareciam auxiliares para essa tarefa - desconheço os termos usados pela senhora na respectiva reclamação mas ela estava francamente nervosa. Ou então reclamar-mos quando representantes legais de um banco (de capitais maioritariamente espanhóis) faz esperar no notário uns desgraçados que tiveram o azar de lhes pedir um empréstimo para aquisição de casa e que esses mesmos representantes não se tenham certificado de que todos os documentos estavam conformes (tendo o banco cobrado um valor por esses serviço).

Algumas destas coisas poderão parecer não ter nada a haver com democracia mas para que uma democracia o seja é necessário que cada um participe, na medida das suas possibilidades e desejos puxando cada um para o seu lado e chegando a compromissos para toda a comunidade e não sendo amorfo ou atirando as "culpas" para "os outros".

Há ainda algo mais insidioso para o futuro das democracias se continuarmos a deixar a corrupção encapotada seguir o seu caminho. Lawrence Lessig acaba de lançar um wiki para recolha de ideias sobre este assunto. Nele fala-se não da corrupção descarada de algum funcionário ou político pedir ou aceitar dinheiro ou outro meio de troca para uma finalidade não legal ou para acelerar um processo, mas sim de algo mais escondido como por são os casos em que uma decisão é impropriamente influenciada antecipando-se alguma forma indirecta de ganho ou perca financeira. Assim dinheiro, ou uso de bens (alguém se lembra de uma moradia no cruzamento da Marquês da Fronteira com a António Augusto de Aguiar num campanha eleitoral), que seja aplicado numa campanha, financiamento de investigação, etc.

É claro que há países em que primeiro se terá que apontar a dedo os corruptores e corrompidos de tal forma é descarada a corrupção. Quando alguém diz que os corruptores passivos devem ser os únicos a sofrer as consequências dos seus actos, parece-me ter vistas curtas. Primeiro julgo mais útil tornar os actos mais transparentes (todos os actos administrativos). Porque é que há que fazer um remendo na rede pública de distribuição de água num sítio e noutro se adopta a solução de substituição integral e noutro ainda se cria uma verdadeira malha de distribuição de forma a reduzir ao mínimo os transtornos provocados pelo corte de água. Julgo que a divulgação pública dos estudos que levem a cada uma das decisões seria pelo menos mais transparente. Será razoável pagar na Madeira todos aqueles túneis e não fazer nas zonas do interior algum esforço de investimento de modo a tornar mais atractivo viver lá.

Há ainda algumas obras que antes de começarem parecem já ter meia dúzia de destinatários possíveis, felizmente que com a nossa adesão à UE hoje aparecem por vezes algumas empresas de fora e julgo que nas obras grandes o problema do cambão tenha se não desaparecido sido reduzido.

Democracia vs. Ditadura

Este parágrafo surge após conversa com outro membro do PG. Há algumas pessoas que por serem mais inteligentes (na sua opinião e provavelmente algumas delas têm razão quanto ao aspecto de serem mais inteligentes) do que a média acharem que os regimes democráticos se tornam uma ditadura das massas ignaras sobre eles. O argumento andaria algo perto disto: como sou mais inteligente sei mais do que os outros para me dirigir e para os dirigir (podem substituir este verbo se for demasiado forte.) Parece que não se percebe que é este o fundamento das ditaduras. Quem quer dirigir num ambiente democrático tem que convencer os seus concidadãos sobre os seus pensamentos e as suas acções. Não colhe aqui só os seus pensamentos as acções (pelo menos as apercebidas) é realmente o factor chave. Não serve o discurso aparentemente fluído de um Santana Lopes é necessário uma acção consequente de um Sócrates.

Conclusões

A democracia corre riscos, como aliás sempre correu. Ainda não apareceu um regime político que preserve melhor a liberdade individual e colectiva embora claro como qualquer construção humana não seja um regime perfeito, como Winston Churchil dizia é o melhor dos piores regimes (não há regimes bons). A tecnologia de que dispomos pode ser posta ao serviço da vigilância a favor da democracia ou pode ser aplicada ao serviço da vigilância em ditadura (ou a caminho).

Podemos usar meios existentes ou, devido à grande facilidade de criação de meios mais adequados às nossas necessidades específicas, podemos criar (digitais) meios à nossa medida. Por exemplo talvez fosse interessante criar um agregador de decisões de assembleias municipais onde as pessoas além de verem as decisões pudessem dar os seus contributos. O aumento da transparência das decisões parece-me importante. Podia ainda verificar-se que promessas os políticos fazem em campanha e quais são cumpridas e quais não são cumpridas e quanto tempo demoram a colocá-las em prática.

Quando um ministro dá uma entrevista deve evitar mandar boutades cá para fora pois como é evidente podem ser contestadas nos organismos públicos que supostamente superintendem. Acho estranho que se possam calar pessoas (não responderem sem autorização das hierárquias) (lei da rolha) a pessoas que não pertençam a corpos militarizados ou a orgãos de soberania em que eu compreendo que se aplique tal regra.

Existe tecnologia suficiente para cada um de nós participar e fazer saber qual a nossa opinião, não necessitamos de a delegar (elegendo de x em x anos os nossos representantes) e depois ficar calados durante algum tempo. Podemos tentar dialogar, mesmo que de forma indirecta usando blogues, e vlogues e podcast mostrando o que está mal e o que pode e deve ser mudado e mesmo o como.

PG blogues com entradas sobre este tema

Nota 1: Nesta entrada serão eliminados quaisquer comentários que sejam ataques pessoais explícitos. Serão claro aceites opiniões contrárias às aqui expressas. Tratem pois de me convencer

Nota 2: Este texto irá ser actualizado no futuro incluindo aqui uma lista de sítios e de conteúdos que versam este tema.

Nota 2: Peço desculpa do texto não estar lá muito coerente e algo desconexo mas realmente não tenho tempo para o refazer meia dúzia de vezes (sou muito lento a escrever), mas realmente estou mais preocupado com a minha irmã mais velha que já está em Santa Maria há 1 semana e ainda não acordou. Últimas: já esteve acordada 2 horas seguidas e depois de tempos a tempos.

Certificados-Firefox e Prémio de 1000 euros

No sítio do Mário Valente vem um pedido de ajuda com um pagamento prometido para quem conseguir o que lhe é pedido.